O mundo está cheio de parasitas de todo tipo. Mas, pra mim, os piores são aqueles que roubam o mérito alheio. Ou seja, que ficam com o reconhecimento de um trabalho ou feito realizado por outra pessoa. E tomam para si sem peso nenhum na consciência. Não consigo entender que graça tem receber aplausos que não lhe pertencem. Carência? Incompetência? Ou falta de caráter mesmo? Acho que fico com a última alternativa. Já conheci pessoas carentes, e por vezes, incompetentes, que nunca cobiçaram o sucesso alheio ao ponto de roubá-lo para si na primeira oportunidade. Um exemplo da vida real é aquele caso da menina Brenda, a que foi sequestrada durante um evento religioso. O vizinho, que a reconheceu e a tirou dos braços do sequestrador, foi colocado no patamar de homem invisível pelos policiais que ele alertou sobre o seu achado.
Os policiais, simplesmente, se apresentaram como ‘heróis’ e o feito do verdadeiro mocinho da história seria arquivado se este não tivesse ido até a delegacia, explicado a história e contribuído com o retrato falado do bandido. O que as pessoas não fazem por cinco minutos de fama ou pelo reconhecimento do chefe. Há muitos profissionais que usam destes artifícios para manter seus empregos. Gerentes que se aproveitam do pequeno poder para sugar seus subalternos, que são responsáveis inclusive por corrigir erros crassos do dito cujo, apresentados de forma impecável para o gestor no final do processo. Os elogios e o reconhecimento, claro, são todos para ele ( o gerente). A promoção também. O funcionário que faz todo o trabalho, além de receber cinco vezes menos que o gerente, vê seu desempenho roubado e usado como alicerce para que outro possa crescer profissionalmente com aptidões que não lhe pertencem. Por essas e outras, eu tenho nojo do mundo corporativo.