A Aglalpe Mariana chegou na Garagem dos Cachos disposta a se livrar de toda a química do cabelo. Só havia um único porém: ela estava com apenas poucos centímetros de cabelo natural, o que não me ofereceria matéria-prima suficiente para um corte de cabelo.
“Na verdade, minha história é muito parecida com a de outras meninas que alisam/alisavam o cabelo. Meu cabelo é enrolado, com MUITO, MUITO volume, e quando eu era criança, minha mãe não sabia cuidar do meu cabelo (ela tem o cabelo tão liso que não prende. Eu vivia de cabelo preso. Ela prendia ele todo para traz, tão forte, que eu parecia uma japonesa( haha). Sempre se esforçou muito para tentar arrumar, e reafirmava o quanto o meu cabelo era lindo, e que casou com meu pai (que é negro) para ter uma filha com cabelão, mas o único jeito que encontrou de manter ele arrumado, foram as tranças que usei até os 11 anos. Só que eu sofri muito na escola e na família também”, me relatou Aglalpe.
Disse a ela que tínhamos duas possibilidades ali:
1- Ir cortando aos poucos até sair toda a química – o que não a isentaria do efeito esquisito da transição – que é o de lidar com duas texturas.
2- Passar a máquina 4 e recomeçar através de um curto bem batidinho.
Nem seu nome de sereia, que para muitos, remetem a fios longos, a impediram de optar pelo bc total. Sem hesitar, ela disse: ” Pode passar a máquina 4, tira tudo!” E o namorado, que a acompanhava foi só incentivos, o que fez toda diferença no processo, que no geral não é fácil para a maioria das mulheres.
Ela conta que ingressou no universo liso aos 12 anos, que foi quando uma tia fez escova em seu cabelo para uma festa: “Eu fiquei fascinada com a ‘praticidade’, e pedi pra minha mãe um secador e uma chapinha. Não contente, comecei a usar química. De início foi só relaxamento, em seguida, parti para as progressivas”.
Fã de praia, Aglalpe fez uma progressiva no final de 2013, para trabalhar uma temporada em Ubatuba. Só que a combinação de sol e piscina detonaram ainda mais o seu cabelo. “Então, quando voltei, pintei e fiz outra progressiva, ai começou a cair e ficava sempre feio. Foi aí que decidi não usar mais química, e tive uma surpresa. Descobri que uma alergia estranha, que comecei a ter em 2011, e que teve como diagnóstico uma urticária que me atacava por causa de alguns alimentos ou calor, e que fez com que eu me privasse de várias coisas que eu gostava, era na verdade consequência destes produtos químicos que usava no cabelo. Eu tive crises sérias, minha pele nunca parava de coçar e vivia com vergões, mesmo tomando antialérgicos praticamente todos os dias. Quando parei com a química, a alergia parou também. Estava afetando minha saúde”.
“Fiquei dois meses sem química e decidi fazer o BC. No dia do corte, tive até uma crise de estresse (hahaha), mas foi a melhor coisa que fiz. Não fiquei masculina, mas também não estou saindo super produzida, e na verdade estou me sentindo muito bem. Ah, e o CABELO CRESCE, VIU, E MUITO RÁPIDO! E se você acha que deve fazer o BC, e estiver com dúvida, com medo do que as pessoas vão achar, FAÇA do mesmo jeito, porque as pessoas SEMPRE acham coisas, o que importa é ser feliz!”.
Gostou do corte? Quer cortar também? Minha garagem fica em São Paulo, capital, pertinho do metrô São Judas. Para mais informações, curta a fanpage do blog no facebook, e me chame inbox. Se preferir, escreva para garagemdoscachos@gmail.com. No assunto, coloque: Agendamento. Também comercializo os produtos da Deva Curl, que são liberados para as rotinas Low Poo e No Poo.
* Tive autorização da minha cliente para divulgar essas fotos
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Renata says:
Eu fiz o mesmo e não me arrependo.
Izabel de Souza says:
Ficou maravilhosa e parabéns para o seu namorado, homens que amam deveria se comportar sempre assim, apoiando quando em um momento de desisão tão importante precisamos deles, menina gostaria de pedir que Deus te abençõe muito pela coragem de ser voce, bjs e que essa garagem nunca perca o foco de ajudar pessoas que querem aprender a si amar.
Jessyka says:
Nossa, que coragem. Parabens. Não tive essa coragem 🙁