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Nathaly é moderadora no grupo Amigas Onduladas, onde é
tida como referência para pessoas com o mesmo tipo de cabelo |
Uma é de São Bernardo do Campo, no ABC paulista; a outra é de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Mas ambas têm algo em comum: os cabelos ondulados que ostentam e o grupo que moderam no facebook: o Amigas Onduladas, que tem o propósito de ajudar outras pessoas com o cabelo do tipo 2, a tratarem seus fios seguindo sua própria natureza, e não como lisos, o que geralmente acontece. O importante para elas é ajudar ondulados e onduladas a fazerem as pazes com o próprio cabelo, e consequentemente, consigo mesmo, o que é fundamental para o bem estar na vida e até o bom humor, como conta a ondulada do ABC, Nathaly Carvalho Gonçalves, analista financeira de 22 anos. Considerada musa pelos membros do grupo, que já ultrapassa 9 mil pessoas, ela fica tímida quando associamos suas ondas à sensualidade: “Posso dizer que sou pilantrinha ao invés?”, brinca.
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A mineira, Giovanna Parreiras é a fundadora do grupo para cabelos do Tipo 2 |
Já GiovannaParreiras, uma educadora de 19 anos, que é adepta da rotina “Ser feliz”, não esconde que já foi abordada na rua várias vezes por conta do seu ondulado natural: “Já perdi as contas de quantos rapazes já vieram elogiar especificamente o meu cabelo, ele é afrodisíaco!”. Nesta entrevista, elas ensinam bem mais do que truques de beleza, elas confrontam a ‘ditadura dos cachos’, que estabelece um padrão de cacheado perfeito, e relatam a dificuldade de não conseguirem se inserir em nenhum lugar por estarem justamente no meio termo entre o liso e o cacheado: “Não somos lisas, mas de jeito nenhum somos cacheadas”, explica Giovanna. Com vocês: As Amigas Onduladas!
Sabrinah Giampá -Sei que uma é de São Paulo e a outra de Minas, gostaria de saber como se conheceram e como surgiu a ideia de montar o grupo Amigas Onduladas (cabelo tipo 2)?
Giovanna Parreiras – A Bruna Braga, ex- moderadora do nosso grupo, fez uma publicação no grupo do facebook, Cacheadas em Transição em que exibia suas ondas e perguntava se havia ali alguma outra menina com o cabelo
tipo 2. Por incrível que pareça, surgiram várias meninas que se identificavam com a Bruna, e também reclamavam da deficiência de informação pra quem tinha esse cabelo ‘meio termo’. Então me surgiu a ideia de criar o grupo. Eu imaginei que, mesmo que o grupo não fosse um sucesso, teríamos um cantinho só nosso pra nos encontrarmos e trocarmos experiências. Como a Bruna e a Nathaly foram as que demonstraram mais interesse e se fizeram muito ativas no principio, as convidei para moderar a página comigo. Mais tarde a Bruna desativou o facebook e automaticamente saiu da moderação.
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Nathaly sofreu com a falta de informação
para deixar as suas ondas bem cuidadas |
“Percebemos que existe uma carência de informações sobre como cuidar das ondas. Se você jogar na internet, dificilmente vai encontrar boas matérias e artigos sobre o tipo 2, e por isso montamos o grupo. O objetivo principal é reunir e compartilhar conteúdo sobre este tipo de cabelo, que também tem as suas particularidades.”
Sabrinah Giampá – Qual o objetivo do grupo?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Percebemos que existe uma carência de informações sobre como cuidar das ondas. Se você jogar na internet, dificilmente vai encontrar boas matérias e artigos sobre o
tipo 2, e por isso montamos o grupo. O objetivo principal é reunir e compartilhar conteúdo sobre este tipo de cabelo, que também tem as suas particularidades.
Sabrinah Giampá – Como funciona? Quem pode participar?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Apesar do nome Amigas Onduladas ser feminino, ele é aberto para todos os gêneros e tipos de cabelo. Qualquer pessoa pode participar, desde que não desrespeite a regra principal, que é cultivar a amizade. Fico muito feliz quando leio algum depoimento de aceitação e bem estar com a beleza natural das participantes, é uma satisfação pra mim. Há algumas semanas até me emocionei (parece bobagem, mas emociona mesmo), quando entrei no grupo e li aqueles tópicos que transbordavam amizade entre as participantes, onde uma tentava entender a dificuldade da outra e encontrar a melhor solução. É muito lindo ver isto dentro de uma área em que a competição entre mulheres sempre foi disseminada culturalmente. Por ser um grupo da área da beleza, podemos nos orgulhar desta falta de competição feminina. Já ultrapassamos 9 mil membros, e vem dando muito certo.
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Nathaly se emociona quando se depara com demonstrações
de solidariedade no grupo em que modera |
“Há algumas semanas até me emocionei enquanto lia aqueles tópicos que transbordavam amizade entre as participantes. É muito lindo ver isto dentro de uma área em que a competição entre mulheres sempre foi disseminada culturalmente. “
Sabrinah Giampá – A Nathaly comentou comigo uma vez que já se sentiu discriminada por uma espécie de ‘ditadura dos cachos’. Queria que ela explicasse como foi isso, e que a Giovanna me dissesse se passou por algo semelhante. Ambas acreditam que além da ditadura do liso, que ainda é muito forte no Brasil, existe também uma ditadura dos cachos?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Não foi bem uma discriminação, mas percebo que existe sim essa ditadura dos cachos. Ela faz com que você não se sinta bem se não tiver o cacho bem formado e definido, e nem todo o cabelo é assim. O
tipo 2 e o
tipo 4 normalmente não formam cachos, e vejo muitas meninas, com estes tipos de cabelo, buscando incessantemente por este tipo de ‘cacho perfeito’ para serem aceitas. Isso faz com que acabem julgando o próprio cabelo, acreditando que é menos bonito por conta disso, o que é uma grande besteira. Cada tipo de cabelo tem a sua beleza.
Giovanna Parreiras – É incrível como as pessoas querem sair de um padrão para criar um novo. Depois de muito esforço, conseguimos sair da obrigação de ter um cabelo liso. Entrando na comunidade das cacheadas, nos deparamos com outro impasse: a obrigação de ter um cacho bem formado, hidratado e sem frizz. Isso pra quem é ondulada ou crespa é impossível. É nítido, por exemplo, quando você entra em algum grupo cacheado e percebe que as fotos mais admiradas, mais curtidas, mais comentadas são das meninas cacheadas com um cabelo
tipo 3, no máximo tipo
4B. Percebo que o incentivo não está no natural, mas no cacheado perfeito, o que talvez nem exista.
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Giovanna sofreu na pele com a ‘ditadura dos cachos’
quando tentou se inserir em um grupo onde não foi aceita. |
“Entrando na comunidade das cacheadas, nos deparamos com outro impasse: a obrigação de ter um cacho bem formado. Isso pra quem é ondulada ou crespa é impossível. Percebo que o incentivo não está no natural, mas no cacheado perfeito, o que talvez nem exista.”
Sabrinah Giampá – Sempre acreditei que os cabelos ondulados, por estarem na linha divisória entre cachos e lisos, e tivessem uma proximidade maior com os lisos (até porque é muito mais fácil alisar um ondulado que um crespo), fossem mais aceitos socialmente. Isso acontece de fato?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Creio que são mais aceitos em propagandas, novelas e editoriais de moda, mas é um leve ondulado, para imagem comercial. No dia a dia, e acompanhando os comentários das meninas do grupo, vejo muita, mas muita dificuldade em cuidar desse tipo de cabelo, principalmente para definir e manter nos dias seguintes. O cabelo ondulado é mais sensível, qualquer fator acaba alisando e deixando com um volume em excesso, e por isso, muitas acabam alisando, por não conseguir entender ou se descobrir ondulada.
Giovanna Parreiras – Com certeza nosso cabelo é mais aceito que um cabelo crespo na sociedade em geral. Até porque é mais fácil nosso cabelo ’estar na moda’. As pessoas querem uma raiz lisa e um cacho na ponta, só pra dar um visual ‘praiano’. O complicado é que o ondulado varia muito, e fica muito difícil da gente ‘se inserir’em algum lugar. Não somos lisas, mas de jeito nenhum cacheadas. Já teve vez de eu postar uma foto minha e alguém dizer: “você não é uma cacheada”, como se, por meu cabelo não formar um cacho completo, eu não devesse estar ali. Me senti muito mal por não conseguir me enquadrar. Não era aceita porque não fazia a chapinha na minha família, por exemplo, e não era aceita na internet porque meu natural não era completamente cacheado. Então, no fim das contas o problema é esse: não estar em lugar algum. No mundo, somos mais aceitas, mas tem a parcela que discrimina. No mundo dos cachos,é a mesma coisa. Então no final das contas, ficamos bem deslocadas duplamente.
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Estar no meio termo entre o liso e o cacheado já foi considerado
um dilema para a fundadora do grupo, Giovanna Parreiras |
“O complicado é que o ondulado varia muito, e fica muito difícil da gente ‘se inserir’ em algum lugar. Não somos lisas, mas de jeito nenhum cacheadas. Já teve vez de eu postar uma foto minha e alguém dizer: “você não é uma cacheada”, como se, por meu cabelo não formar um cacho completo, eu não devesse estar ali. Me senti muito mal por não conseguir me enquadrar.”
Sabrinah Giampá – Como é a reação das pessoas com seus cabelos ondulados naturais? Já usaram liso? Por que decidiram optar pelo natural?
Giovanna Parreiras – Alisei durante minha adolescência. Como meu cabelo não era um crespão, eu gostava de alisar a raiz e ter cachinhos nas pontas. No fim de quatro anos, obviamente, o que era raiz virou ponta, e fiquei completamente alisada. Entrei em desespero para ter os meus cachos de volta, procurei ajuda na internet e achei o grupo amigas cacheadas.
Nathaly Carvalho Gonçalves – Nunca alisei meu cabelo, apesar de ter ouvido muito esta sugestão durante toda a minha vida. Eu sempre fui teimosa, não acreditava que seria impossível cuidar do meu cabelo do jeito como é, e achava um absurdo ter um cabelo sem solução, como vários ‘profissionais’ da beleza me falavam. Até que um dia descobri como cuidar, e até hoje sou puro amor com o meu cabelo. Ele virou meu orgulho, minha marca registrada.
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Nathaly se recusou a alisar seu cabelo mesmo quando
os cabeleireiros lhe diziam que esta era a única
forma de deixá-lo bonito |
“Nunca alisei meu cabelo, apesar de ter ouvido muito esta sugestão durante toda a minha vida. Eu sempre fui teimosa, não acreditava que seria impossível cuidar do meu cabelo do jeito como é, e achava um absurdo ter um cabelo sem solução, como vários ‘profissionais’ da beleza me falavam. Até que um dia descobri como cuidar, e até hoje sou puro amor com o meu cabelo. Ele virou meu orgulho, minha marca registrada.”
Sabrinah Giampá – O visagismo explica que as ondas remetem à sensualidade. Qual a percepção de ambas em relação a isto? Acham que usar o ondulado natural às deixou mais sensuais aos próprios olhos e das pessoas ao redor?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Sim, porque eu comecei a gostar mais de mim, eu me descobri, e isso deu um up na minha autoestima. Eu mudei a visão que tinha sobre a minha própria imagem. E o engraçado é que, quando encontro com meninas onduladas, cacheadas, crespas, eu noto um traço semelhante em todas, que é a felicidade e o bom humor, e isto tem ligação direta com o bem estar pessoal. Meu cabelo chama sim a atenção das pessoas, mais no aspecto positivo do que no negativo. Ouço mais elogios do que críticas, mas isto não importa muito pra mim não, independente se estão gostando ou não, eu continuo usando exatamente assim: armado, volumoso, com
frizz e ondas. Eu sinceramente não sei responder se sou sensual… Posso responder que sou pilantrinha? (risos).
Giovanna Parreiras – Com certeza. hhaha Já perdi as contas de quantos rapazes já vieram elogiar especificamente o meu cabelo, ele é afrodisíaco! Sei que não é só sensualidade, mas também demonstra coragem e poder. Coragem de se assumir no mundo e poder de ser o que você realmente é.
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Segundo o visagismo, o cabelo ondulado remete à sensualidade.
Alguém duvida? |
“Já perdi as contas de quantos rapazes já vieram elogiar especificamente o meu cabelo, ele é afrodisíaco! Sei que não é só sensualidade, mas também demonstra coragem e poder. Coragem de se assumir no mundo e poder de ser o que você realmente é.”
Sabrinah Giampá- Como vocês cuidam dos seus cabelos atualmente? Seguem a rotina No/Low POO? Como estilizam? Existe algum truque? Que produtos usam? Um bom corte faz a diferença?
Nathaly Carvalho Gonçalves – O corte faz toda a diferença, principalmente no cabelo ondulado. Ele é um dos fatores que determina o movimento e a definição. Em cabelos longos e sem corte, as ondas acabam pesando e o ondulado natural acaba aparentando um liso. Eu sigo a rotina
low poo com produtos naturais, orgânicos e veganos. No verão, costumo fazer
co-wash todos os dias com os condicionadores da Surya Brasil, já no inverno, lavo com o intervalo de um dia. Não sigo
cronograma capilar porque acredito que a verdadeira receita para ter o cabelo bonito e saudável é a alimentação, e cuidar da saúde. Fico até parecendo ser repetitiva, mas meu cabelo só está bonito se estiver tudo bem com a minha saúde.
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“Mesmo na época em que não entendia o seu cabelo, Nathaly se recusava a recorrer aos alisamentos que os cabeleireiros tentavam lhe empurrar goela abaixo” |
Giovanna Parreiras – Pra mim, corte se não for em camadas ou repicado, não dá. Faz toda a diferença. Segui a rotina
low poo por um ano, mas não consigo mais ficar sem o sulfato, por conta da oleosidade do meu cabelo. Hoje em dia ainda não uso nenhum petrolato, óleo mineral ou parafina, mas uso sulfatos. O meu truque é deixar meu cabelo ser quem ele é. Não dou mais tanta importância pra produtos ou estilizações. Lavo, hidrato, condiciono, passo um creme, amasso e deixo ele ser quem ele é, hahaha.
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Nathaly na Garagem dos Cachos após o corte de cabelo:
Muitas camadas e repicado sempre, para valorizar as ondas |
“O corte faz toda a diferença, principalmente no cabelo ondulado. Ele é um dos fatores que determina o movimento e a definição. Em cabelos longos e sem corte, as ondas acabam pesando e o ondulado natural acaba aparentando um liso.”
Sabrinah Giampá – Geralmente, os ondulados sofrem mais com o frizz que os cacheados e crespos. Ambas concordam? Como lidam com isso no dia a dia, e quais cuidados são realmente eficazes para tirar o efeito arrepiado?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Eu não ligo para o
frizz, aliás, o
frizz é a autenticidade de um cabelo natural. Não faço nada para acabar com ele ou controlá-lo, me deixo livre pra ser do jeito que eu quiser ser: com ou sem
frizz.
Giovanna Parreiras – Eu não vou dizer que amo o meu
frizz de paixão, mas hoje em dia tento aceitá-lo. O que não há remédio, remediado está. Quando tá muito forte, eu passo um pouco de creme com água, quando está suportável, eu suporto.
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Nathaly com a priminha, Grazy:
beleza ondulada é predominante na família |
“Não sigo cronograma capilar porque acredito que a verdadeira receita para ter o cabelo bonito e saudável é cuidar da saúde. Eu não ligo para o frizz, aliás, o frizz é a autenticidade de um cabelo natural. Não faço nada para acabar com ele ou controlá-lo.”
Sabrinah Giampá- Optar pelo cabelo natural é sempre a melhor pedida, por que?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Sim. É mais barato, mais prático, e não dá tanto trabalho se comparar com cabelos alisados. Eu só lavo, seco, e já era… Não é complicado, não vejo nenhuma dificuldade. Quando noto que precisa de uma hidratação ou nutrição, são procedimentos de tratamentos simples e caseiros, que não demoram mais de 20 minutos.
Giovanna Parreiras – Sem dúvidas, porque é o verdadeiro amor próprio. É a gente se amar sem nenhum artifício, nenhuma máscara. Aceitar o que somos, se tornarmos agradecidas às nossas raízes, aos nossos pais, ao nosso criador.
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Para Giovanna, onduladas devem usar a moda a seu favor,
mas sem criar nenhum tipo de dependência. |
“Eu acho que o modismo é neutro. Moda é apenas moda. Não acho que seja bom nos apegarmos às ondas porque está na moda. Digo isso porque moda passa, nosso cabelo não. Só que eu também não acho ruim, já que moda chega até mesmo a ser cultura. Na minha opinião, podemos usar a moda ao nosso favor, mas jamais ficarmos dependentes dela.”
Sabrinah Giampá – A modelo Gisele Bündchen acabou se tornando ícone das onduladas e colocando este tipo de cabelo em evidência na mídia. Acha que este ‘modismo’ deve ser visto de forma positiva? Por que?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Pode sim ser visto de forma positiva, ela é referencia de beleza, mas tem um ondulado mais para o liso, e nem todos os ondulados são assim. No grupo, gostamos de valorizar os ondulados da realidade, sem produções, como os ondulados das famosas. E existem vários tipos, dividimos em dois: liso-ondulado e o ondulado-cacheado, e dentro destes dois tipos também existe suas subdivisões conforme expressura do fio e volume. Entendo que a visibilidade que a Gisele dá ao cabelo
tipo 2 é importante, mas não deveria ser levada tão a sério, pois nem todas têm uma equipe pra cuidar e produzir o cabelo para ficar igual o da Gisele Bundchen, e sinceramente, no grupo vejo meninas com cabelos bem mais bonitos que o dela.
Giovanna Parreiras – Eu acho que o modismo é neutro. Moda é apenas moda. Não acho que seja bom nos apegarmos às ondas porque está na moda. Digo isso porque moda passa, nosso cabelo não. Só que eu também não acho ruim, já que moda chega até mesmo a ser cultura. Na minha opinião, podemos usar a moda ao nosso favor, mas jamais ficarmos dependentes dela.
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Nathaly que passou 20 anos de sua vida acreditando
que tinha o cabelo liso, feliz por redescobrir suas ondas |
“Eu passei 20 anos da minha vida achando que tinha o cabelo liso. Sempre penteava e prendia, e quando ia pedir ajuda a algum profissional, me queixando do volume, que até então eu odiava, sempre davam a sugestão de alisar. Nunca ninguém me ensinou a cuidar do meu cabelo, e eu não sabia que era ondulada. Descobri tarde,conhecendo os blogs e grupos, aprendi a estilizar, a cuidar e a respeitar a natureza dele.”
Sabrinah Giampá – Dependendo do jeito de secar e estilizar, o cabelo ondulado pode se passar por liso. Nesse caso, é comum que muitas onduladas acreditem que seu cabelo é liso, ou como elas mesmas definem: “ um liso estranho, com volume e frizz”. Qual é a dica para descobrir se este cabelo é um ondulado oculto? Isso já aconteceu com vocês?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Eu passei 20 anos da minha vida achando que tinha o cabelo liso. Sempre penteava e prendia, e quando ia pedir ajuda a algum profissional, me queixando do volume, que até então eu odiava, sempre davam a sugestão de alisar. Nunca ninguém me ensinou a cuidar do meu cabelo, e eu não sabia que era ondulada. Descobri tarde, porque simplesmente falta informação sobre o ondulado, mas com o tempo, e conhecendo os blogs e grupos, aprendi a estilizar, a cuidar e a respeitar a natureza dele. Descobri o ondulado oculto em um salão daqui de São Bernardo do Campo, que é especializado em cabelo natural. Acabei indo a este salão acompanhar uma amiga, e foi quando conheci o primeiro profissional da área da beleza que não iludia as clientes, e jogava a real do tipo de cabelo que tem. Eu não tinha nem marcado pra fazer nenhum serviço, e acabei ficando surpresa com a descoberta. Saí de lá flutuando. Eu não sabia que tinha o cabelo assim, cheio de ondas. Foi só mudar o jeito de cuidar que apareceu uma juba em mim. Pra saber se é ondulado, é só deixar ao natural e ver se faz uma ondinha, se ondular, mesmo que seja uma ondinha tímida, é possível que tenha sim um
ondulado 2A. Depois é só ir testando as técnicas de finalização que as cacheadas fazem, a maioria dos tratamentos e técnicas que as meninas do
cabelo tipo 3 fazem, nós podemos fazer, porém com adaptações. O lance é testar e descobrir todas as manhãs do cabelo, é tudo uma questão de adaptação.
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Giovanna explica porque tantas onduladas acreditam ter
um cabelo considerado um ‘liso estranho’. |
“O cabelo ondulado ondula por si só. Estilizar só faria aumentar o que já existe. Normalmente, quem acha que tem esse tal de ‘liso estranho’ é porque penteia o cabelo a seco, e isso eu não recomendo pra ninguém, a não ser pra quem tenha o cabelo muito liso mesmo. “
Giovanna Parreiras – Isso nunca aconteceu comigo porque meu cabelo tem ondas muito bem marcadas, que aparecem mesmo que eu não estilize de nenhuma maneira. Acho que a dica é deixá-lo secar naturalmente, sem pentear ou escovar. O cabelo ondulado ondula por si só. Estilizar só faria aumentar o que já existe. Normalmente, quem acha que tem esse tal de ‘liso estranho’é porque penteia o cabelo a seco, e isso eu não recomendo pra ninguém, a não ser pra quem tenha o cabelo muito liso mesmo.
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Giovanna adora experimentar novos cortes de cabelo |
Sabrinah Giampá- Que recado vocês deixariam para as amigas onduladas de todo o país?
Nathaly Carvalho Gonçalves – Participem do nosso grupo, lá vocês encontram amigas pra ajudar, o espaço é nosso.
Giovanna Parreiras – Meninas, amem-se. Tentem de verdade se olhar no espelho, porque vocês são maravilhosas.
PESSOAL, A GIOVANNA PARREIRAS, DO GRUPO AMIGAS ONDULADAS, PEDIU PARA AVISAR, QUE QUEM QUISER PARTICIPAR DO GRUPO, BASTA ENVIAR UMA MENSAGEM NO PERFIL DELA DO FB, QUE É ESTE AQUI: https://www.facebook.com/giiparreiras . ELA ALTEROU SEM QUERER O STATUS DO GRUPO PARA SECRETO E NÃO CONSEGUIU REVERTER O PROCESSO, MAS RECEBENDO AS MENSAGENS, ELA LIBERA A ENTRADA DE TODOS INTERESSADOS.
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Tem uma história de superação para compartilhar? Escreva para cachosefatosoficial@gmail.com
edi says:
Ola. Tenho uma amiga ondulada. Mandei esse post para ela, com a intenção de dar uma dica bacana para ela aprender a cuidar dos fios, mas o link para o grupo no facebook não esta disponível. Sabe dizer como temos acesso ao grupo?
Bjos
sabrinah says:
Você precisa pedir autorização no próprio grupo pra participar. bjks
Renata says:
Ola ???? adorei a pagina !
Mas qeria saber se voces podem me ajudar ?
Bom meu cabelo é ondulado, eu estou a um ano e quatro meses em trasiçao. Mas meu cabelo com a raiz lisa e o resto esta cacheado envez de ondulado, e algumas pessoas me disseram q tinha que aceitar meu cabelo pq ele era cacheado mais so que eu tenho uma parte q ja foi raspada no meu cabelo, ou seja sem quimica e cresceu super lisa ! Nem da cachos so forma um S ondas e as vezes so fika liso, mas o meu cabelo contunia cacheado. Queria saber se podem me ajudar, se eu devo cortar (o q ja fiz mas continuei usando chapinha :/ quando cortei, mas ja parei), ou se existe algum tratamento . Nao conseguir acahar nada sobre cabelo ondulado ????????????
Se alguem puder me ajudar, estou desesperada ! Obrigadinho que Deus abençoe voces ❤????
sabrinah says:
Para agendamentos e outras informações, escreva para garagemdoscachos@gmail.com
Mari says:
O grupo não existe mais.
Por acaso criaram um com outro nome?!
Obrigada!
sabrinah says:
É preciso pedir autorização para a Giovanna Parreiras. Coloquei as infos no final do post. Abs.
Hildete says:
Como faço pra ter acesso ao grupo?
sabrinah says:
Tem as instruções no final do post, Hildete.