Colorista X Aplicador de Tinta: Você sabe a diferença?

Aposto que poucos leitores(as) sabem a diferença entre um cabeleireiro aplicador de ‘tinta’ e um cabeleireiro colorista, e por isto resolvi fazer este post esclarecedor para explicar. Sabe aquelas ciladas que muitas de nós já caímos, que é chegar num salão, pedir o mel dos sonhos e sair de lá parecendo uma ábobora selvagem? Pois bem, isso já aconteceu comigo e tenho certeza que já aconteceu com muitas de vocês também.

Meu cabelo quando caí nas mãos de um aplicador de ‘tinta’: eu queria cachos levemente acobreado, mas ganhei esta cor de ‘cocô de nenê’ pós papinha de cenoura fresca

Outro detalhe que vale ressaltar: sabe aquele tom de loiro’ pêlo de rato’, que todo mundo tem? Aquele loiro que cansa a vista de tanto que você vê na rua, e que não valoriza o tom de pele das mulheres que desfilam com ele por aí? Ele é resultado do trabalho de um aplicador de ‘tinta’, ou seja, um cabeleireiro que não tem conhecimento aprofundado de colorimetria, e apenas mistura as cores na sorte, rezando pra ficar tudo bem, ou seja, para agradar a cliente. E neste caso, o tiro pode sair, e geralmente sai, pela culatra. Daí, o que eles fazem? No primeiro acerto, já anotam a cor utilizada, que se torna a padrão, no caso, o loiro ‘pêlo de rato’, e saem passando em todas as cabeças sem se atentar a um detalhe importantíssimo, e que nunca deve ser descartado: o fundo de clareamento.

E o que seria o fundo de clareamento? Durante o processo de descoloração dos fios, cada tonalidade de cabelo tende a puxar para uma cor especifica. Vou dar o exemplo da minha cor natural, que é um castanho claro, que na tabela de cores é um número 5. Durante o processo de descoloração, este cabelo vai revelar a seguinte cor: um vermelho alaranjado. Mas  e se a cliente não quiser ficar com o cabelo laranja? Neste caso, é preciso neutralizar o tom indesejado, usado pigmentos opostos, porém, complementares. E isto é parte do trabalho de um colorista, que além de se atentar a estes detalhes, precisa analisar o tom de pele da cliente, e até mesmo o estilo, para compor um visual integrado, que fique harmônico com aquela pessoa.

A colorista Josy Rocha, do Tamba Salão Boutique, sabe como harmonizar o tom da coloração com a cor de pele do cliente

Todo mundo pode ter o tom de cabelo que quiser, mas com ressalvas. Se você é morena e quiser ficar loira, por exemplo, você pode. A natureza tem uma cartela de loiros para cada tipo de pele, o mais difícil é aceitar qual é o loiro que vai ficar mais bonito em você, afinal, você quer uma cor que destaque seus olhos e te deixei iluminada, ou uma cor que te deixe apática e com aparência anêmica? É isso que o tom errado pode fazer por você, e por isso, optar por um colorista ao invés de um aplicador de tinta faz toda a diferença.

Demorei anos e anos, mas finalmente encontrei uma colorista pra chamar de minha. O nome dela é Josy Rocha, e pode ser considerada uma rainha da cartela de cores. Gente, essa mulher manja muito. Muito mesmo. E se atenta a cada detalhe, que é impossível você sair das mãos dela insatisfeita. Ela é formada pelo Senac, e diplomada também pela Keune e Schwarzkopf, que têm os melhores cursos de colorimetria de São Paulo. Ela já trabalhou com o Juha Antero, colorista renomado do MG Hair Design, e também no UP Hair, da extinta Daslu. Atualmente, atende no Tamba Salão Boutique, aonde eu fui, dias atrás, dar uma geral no meu cabelinho.

Tenho uns 10% de brancos, e como eu fico muito tempo sem retocá-los (esta é a vantagem do cacheado, os brancos quase não aparecem), já estava com uma raiz generosa, então precisei retocar o fundo, antes de fazer minhas luzes. Para quem ainda tem poucos brancos, como eu, não é necessário aplicar coloração permanente, a semi-permanente, ou seja, o tonalizante, já dá a conta do recado. Já tentou cobrir seus brancos com tonalizante e não conseguiu? Esta é outra carta na manga da colorista, ela sabe realizar o procedimento da forma certa para cobrir brancos, e se precisar, no pós luzes, apenas matizar os fios.

Na verdade, as poucas vezes que mexi no fundo natural ( na maioria das vezes, acidental) eu entrei em choque. É como se não me reconhecesse mais no espelho e perdesse a minha identidade. Sinceramente, não abro mão do meu fundo natural, e por isso prefiro que as luzes sejam feitas sem marcações, ou seja, sem aquela marquinha que fica de raiz quando está crescendo (acho isso pavoroso).

Alguns trabalhos de colorimetria realizados por Josy Rocha

Sempre opto pelas cores intermediárias, ou seja, uma que não me deixei absurdamente loira, nem absurdamente ruiva. Adoro o meio termo, e isso é o mais difícil de se conseguir em coloração. Escolheu um aplicador de tinta? Esquece…

Para o meu cabelo, a Josy escolheu duas nuances diferentes intercaladas. Uma levemente acobreada, e a outra num tom de mel dourado.

O trabalho impecável de Josy Rocha nos meus cabelos: fundo natural e luzes de dois tons para conferir naturalidade

Minhas luzes não foram feitas com pós descolorante por dois motivos:

1- O pó tem amônia, o que resseca muito o cabelo, ainda mais o cacheado;

2- Outra:  eu não queria clarear mais que 3 tons do meu fundo natural, e neste caso, a coloração permanente resolve.

Fazendo pose com a Isabelle Sabino, assistente da Josy, que tem cachos lindíssimos

No caso da coloração escolhida, é importante dar preferência para àquelas sem amônia, que danificam menos e deixam os fios super luminosos.

Minha maratona de cabelo durou aproximadamente 4 horas, mas com este resultado, valeu cada segundo

No meu cabelo, a Josy usou duas nuances da cartela de cores da schwarzkopf.

Gostou da minha cor? Quer colorir seu cabelo sem medo? Anote os contatos da Josy Rocha:

(11) 9-6899-2912 (oi)

(11) 9-8486-1353 (tim)

email: josy.stone@ig.com.br