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Dreisse Drielle: assumir o black power abriu as portas para a carreira de modelo |
Um dos milhares de grupos do facebook sobre cabelos crespos, que participo, publicou esses dias, em sua capa, a montagem vencedora de um concurso para a melhor transformação de cabelo quimicado para o natural, onde a grande vencedora foi Dreisse Drielle. Fiquei abismada com a mudança brusca que a transformou de uma menina tímida em uma mulher destemida e ciente da sua real beleza.
Impressionada com a transformação, fui correndo atrás dela e a convidei para esta entrevista, onde descobri que ela é mineira, de Mariana, e estudante de jornalismo. E com seus 20 anos, chegou a fazer alguns trabalhos como modelo, onde foi levada pelos seus cabelos naturais, que também a ajudaram a aceitar seu 1,83 de altura.
Ou seja, resgastar sua identidade, a possibilitou compartilhar sua beleza com o mundo, e a colocou em um dos mercados mais difíceis e disputados do país, o da moda. Principalmente para mulheres negras e crespas, onde Dreisse, esbanja personalidade e por que não, muitos e muitos cachos?
Uma reviravolta impressionante, principalmente, para essa mineira, que foi obrigada a interromper com os relaxamentos, que fazia desde os sete anos de idade, quando viu seus cabelos caírem de uma forma assustadora. Dar adeus à guanidina e à amônia, permitiu a Dreisse redescobrir sua própria essência, através do cabelo natural, e com isso, a fez se deparar com um leque de possibilidades, e o mais importante: reaprendeu a ser feliz, afinal, como ela mesma diz: “fazer chapinha no verão é uma maluquice!”.
Sabrinah Giampá – Resumidamente, qual a sua trajetória capilar?
Dreisse Drielle – Comecei a usar chapinha com uns seis anos e com sete eu já usava química. Fui usando guanidina, amônia e qualquer relaxamento que prometesse o efeito liso natural, até os 15. Meu último relaxamento foi para minha festa de 15 anos, e desde então, eu não usei mais. Tive que interromper a química porque meu cabelo começou a cair numa quantidade absurda. Ele estava completamente destruído pelos relaxantes. Mesmo assim, permaneci usando os fios lisos, através de escovas. Com 16 anos, eu parei de fazer escova e deixei que os cachos fossem surgindo.
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Dreisse , aos 15 anos, após o último relaxamento |
“Comecei a usar chapinha com uns seis anos e com sete eu já usava química. Fui usando guanidina, amônia e qualquer relaxamento que prometesse o efeito liso natural, até os 15. Meu último relaxamento foi para minha festa de 15 anos, e desde então, eu não usei mais. Tive que interromper a química porque meu cabelo começou a cair numa quantidade absurda. “
Sabrinah Giampá – Passou por transição, big chop? Como foi esse processo? O que te levou a assumir o cabelo natural?
Dreisse Drielle – Como disse, assumi o natural ,simplesmente porque meu cabelo começou a cair. Era a única solução que eu tinha. Ou eu parava de usar química, ou ficava careca. Durante uma viagem, já aos 17 anos, e com o cabelo ainda detonado (meio liso, meio cacheado), eu resolvi fazer o big chop ‘no susto’. Estava em São Paulo e conheci uma cabeleireira incrível por lá, que fez um corte lindo. Eu não pensava nisso, porque amava meus cabelos grandes (na altura do seio, quase), mesmo que ele estivesse ressecado demais. Tinha ido ao salão só para fazer uma hidratação e a moça me venceu com a conversa. Sai de lá com os cabelos na altura da orelha. Bem no susto mesmo. e com direito a lágrima no canto do olho. Aproximadamente oito meses depois do big chop (que tirou só 70% da química), eu assumi de vez meu black power por causa dos meus trabalhos como modelo. Meu cabelo estava completamente cacheado, volumoso e livre de química!
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Dreisse, seu último relaxamento e o dilema: Ou parava de usar química, ou ficava careca |
“Assumi o natural, simplesmente porque meu cabelo começou a cair. Era a única solução que eu tinha. Ou eu parava de usar química, ou ficava careca. Durante uma viagem, já aos 17 anos, e com o cabelo ainda detonado (meio liso, meio cacheado), eu resolvi fazer o big chop ‘no susto’. Saí com os cabelos na altura da orelha e com direito a lágrima no canto do olho. “
Sabrinah Giampá – Então assumir o cabelo natural acabou contribuindo para que trabalhasse como modelo?
Dreisse Drielle – Eu cortei black porque minha agência pediu. Só por isso. Trabalhei por uns três anos como modelo e parei há dois. Eu tinha 18 anos quando fiz meu último trabalho. A oportunidade surgiu porque sempre fui atrás de muitas agências de modelo, mas eu larguei porque queria me dedicar exclusivamente à faculdade, eu tinha acabado de passar no vestibular. Mas acho que hoje eu voltaria a trabalhar como modelo, numa boa.
Sabrinah Giampá – Acredita que um mercado tão difícil, como o da moda, está mais tolerante em relação aos cabelos crespos e as modelos negras?
Dreisse Drielle – Na época em que trabalhei neste mercado, acho que os crespos estavam começando a chegar de mansinho, e muitas modelos já trabalhavam com seus cabelos bem naturais mesmo. Eu acho essa aceitação muito legal. Por outro lado, ainda tem gente que olha torto, com ar de preconceito mesmo, mas é só a gente não se importar. Na maioria das vezes, só recebi elogios maravilhosos. Se você chegar numa BOA agência de modelo, eles não vão te mandar alisar. Ninguém nunca me impôs isso e, inclusive, só fui aceita em agências quando usei meu cabelo natural mesmo. Elas estão mais tolerantes em relação aos crespos, mas ainda tem muito espaço para ser conquistado. Somos minoria no mercado da moda e artístico no geral, e isso precisa mudar.Sinto que essas mudanças já estão acontecendo. Me sinto ÓTIMA com meu cabelo. Me sinto eu mesma. É como se eu não tivesse mais uma máscara. Não ter que ter o cabelo liso fez com que me sentisse assim.
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Dreisse modelando: o cabelo natural abriu portas |
“Só fui aceita em agências quando usei meu cabelo natural mesmo. Elas estão mais tolerantes em relação aos crespos, mas ainda tem muito espaço para ser conquistado. Somos minoria no mercado da moda e artístico no geral, e isso precisa mudar. Sinto que essas mudanças já estão acontecendo. Me sinto ÓTIMA com meu cabelo. Me sinto eu mesma. É como se eu não tivesse mais uma máscara. Não ter que ter o cabelo liso fez com que me sentisse assim.”
Sabrinah Giampá – Você contou sobre sua atuação como modelo, que foi recente. Viajando um pouco no tempo, como era a sua relação com o seu cabelo na infância e pré-adolescência?
Dreisse Drielle – Apesar do relaxamento, o efeito não era lá aquela coisa linda, e ficava com a aparência de palha mesmo, o que me fez usar cabelo amarrado por MUITO tempo. Ou coque, ou rabo de cavalo. Nada além, porque tinha MUITA vergonha. Uma vez ou outra, eu soltava aquele cabelo ‘liso’
Sabrinah Giampá – Seus pais demonstravam algum tipo de preconceito com o seu cabelo?
Dreisse Drielle – Preconceito, não. Meu pai sempre me incentivou a usar o cabelo cacheado, mas me lembro de ter ido ao salão para fazer escova pela primeira vez com ele. Eu pedia MUITO para ter o cabelo bem liso e minha mãe passava relaxamento nele, em casa mesmo. Meu pai é negro e tem o cabelo crespo, mas minha mãe é loira, com os olhos azuis, portanto, um cabelo infinitamente mais liso que o meu.
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Dreisse durante sua transição, que durou pouco tempo |
“Sempre me senti ‘a diferente’ na família da minha mãe. É todo mundo muito branco, de cabelo liso e olhos azuis, o que fazia com que eu quisesse ser assim também. E na família do meu pai, eu não tinha em quem me espelhar, porque as crespas alisavam. Depois que cortei o cabelo, e até hoje, alguns parentes questionam minha escolha, afirmam que tenho que ter cabelo liso porque fico bem mais bonita. Às vezes chateia, mas paciência né?”
Sabrinah Giampá – Como era a sua relação familiar em relação a isso e como é agora? Assumir o natural trouxe a tona algum tipo de preconceito?
Dreisse Drielle – Não me recordo de como era minha relação familiar em relação aos meus cabelos, mas sempre me senti ‘a diferente’ na família da minha mãe. É todo mundo muito branco, de cabelo liso e olhos azuis, o que fazia com que eu quisesse ser assim também. E na família do meu pai, eu não tinha em quem me espelhar, porque as crespas alisavam também. Depois que cortei o cabelo, e até hoje, alguns parentes questionam minha escolha, afirmam que tenho que ter cabelo liso porque fico bem mais bonita. Às vezes chateia, mas paciência né?
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Outra foto de Dreisse no período de transição |
“Minha transição se deu quando eu tinha 15 anos e, querendo ou não, é uma fase de mudança para qualquer menina. Eu sentia que minha personalidade mudava cada vez que eu decidia ter mais cachos e cuidar do meu cabelo da melhor forma possível, porque foi quando eu criei uma vaidade de mulher mesmo, sabe? De andar arrumada, maquiada. Portanto, meu cabelo tinha que estar bonito também, mesmo que não estivesse liso.”
Sabrinah Giampá – E das pessoas em geral? Ambiente de trabalho, namorado…
Dreisse Drielle – O namorado adora e algumas pessoas comentam que ficou lindo, e que me deu um ar MUITO mais estiloso, que resgatou minha personalidade. Por outro lado, encontro muito mais pessoas que acham mais feio o fato do meu cabelo ser curto, do que o fato de ser cacheado. Já ouvi comentários dizendo que o cabelo curto faz a mulher perder a feminilidade também.
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Dreisse no dia em que fez seu big chop definitivo: black power 100% natural! |
“Aproximadamente oito meses depois do big chop (que tirou só 70% da química), eu assumi de vez meu black power por causa dos meus trabalhos como modelo. Meu cabelo estava completamente cacheado, volumoso e livre de química!”
Sabrinah Giampá – Acha que o preconceito com os cabelos crespos está diretamente ligado ao preconceito étnico?
Dreisse Drielle – Não sei se tem uma relação propriamente dita, mas acho que esse preconceito tem a ver com o corpo perfeito, a beleza perfeita, aquela mulher linda, loira, alta de cabelos lisos que aparece na TV esbanjando um sorriso perfeito. E é essa mulher que é considerada sinônimo de feminilidade, com os cabelos macios e esvoaçantes. Acho que o preconceito com os cabelos crespos tem muito a ver com essa imagem que é divulgada até hoje. Por isso a paranoia de muitas meninas para ter o cabelo liso. Elas querem se adequar aos padrões vigentes.
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Dreisse depois do seu primeiro big chop, com 70% de fios naturais |
“O namorado adora e algumas pessoas comentam que ficou lindo, e que me deu um ar MUITO mais estiloso, que resgatou minha personalidade. Por outro lado, encontro muito mais pessoas que acham mais feio o fato do meu cabelo ser curto, do que o fato de ser cacheado. Já ouvi comentários dizendo que o cabelo curto faz a mulher perder a feminilidade também.”
Sabrinah Giampá – Assumir o cabelo natural é uma mudança, antes de tudo, interna? Comente sobre isso.
Dreisse Drielle – Minha transição se deu quando eu tinha 15 anos e, querendo ou não, é uma fase de mudança para qualquer menina. Eu sentia que minha personalidade mudava cada vez que eu decidia ter mais cachos e cuidar do meu cabelo da melhor forma possível, porque foi quando eu criei uma vaidade de mulher mesmo, sabe? De andar arrumada, maquiada. Portanto, meu cabelo tinha que estar bonito também, mesmo que não estivesse liso. Quando cortei, senti que uma velha Dreisse ficou para trás, sabe? Pareceu até mágica rsrs. Voltei de São Paulo me sentindo outra mesmo. E isso só amadureceu com o tempo, porque, como contei, depois do big chop, eu tive que cortar black power para começar a trabalhar como modelo e isso fortaleceu ainda mais minha personalidade. Meu namorado que sempre diz: quando mulher muda o cabelo, ela muda a personalidade junto! E junto com tudo isso, veio a maior aceitação pra mim: minha altura. Medir 1,83 era motivo de muita vergonha também. MUITA. E aceitar meu cabelo foi um enorme passo para aceitar minha altura, meu estilo, quem eu sou de verdade.
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Dreisse e 70% dos fios naturais: o preconceito foi maior em relação ao comprimento dos fios |
“Quando cortei, senti que uma velha Dreisse ficou para trás, sabe? Voltei de São Paulo me sentindo outra mesmo. E isso só amadureceu com o tempo, porque, como contei, depois do big chop, eu tive que cortar black power para começar a trabalhar como modelo e isso fortaleceu ainda mais minha personalidade.”
Sabrinah Giampá – Conforme você relatou, ainda existe uma ditadura dos cabelos longos e lisos no Brasil. Gostaria de saber o que pensa sobre isso. Acha que influencia meninas para o lado oposto do big chop?
Dreisse Drielle – Acho que influencia sim, e isso me dá uma certa preguiça, ao mesmo tempo que fico triste. Essa mania de achar que mulher bonita tem que ter cabelo liso e longo é a maior furada. Para mim, mulher bonita é bonita até careca, então eu acho que essa mania da sociedade de julgar as mulheres de cabelo curto e fora ‘dos padrões’ deveria acabar.
Sabrinah Giampá – Como a falta referências midiáticas para as mulheres crespas influenciou seus hábitos capilares?
Dreisse Drielle – Percebo que embora ainda faltem referências, as possibilidades de ‘inspiração’ são maiores hoje, uma vez que mais e mais mulheres se juntam para se livrar dos cabelos lisos quimicados. Quando cortei, eu não era muito ligada nisso, e também não tinha uma musa inspiradora. Minhas cantoras, atrizes e modelos favoritas tinham o cabelão liso. Hoje em dia, participo de diversos grupos, onde as meninas se apoiam para cortar o cabelo e assumem o black power sem vergonha ou medo de ser feliz. Queria muito ter tido esse apoio na época, mas fico super feliz por agora servir de inspiração para algumas meninas.
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Dreisse: assumir o black power ajudou na carreira de modelo |
“Meu namorado que sempre diz: quando mulher muda o cabelo, ela muda a personalidade junto! E junto com tudo isso, veio a maior aceitação pra mim: minha altura. Medir 1,83 era motivo de muita vergonha também. MUITA. E aceitar meu cabelo foi um enorme passo para aceitar minha altura, meu estilo, quem eu sou de verdade.”
Sabrinah Giampá – Como cuida do seu cabelo atualmente?
Dreisse Drielle – Corto meu cabelo sozinha sempre que acho necessário. Uso produtos específicos para cachos e sigo o
cronograma capilar. Molho e desembaraço o cabelo todos os dias também. Ainda não consegui ter um bom ‘day after’ (dia seguinte), mas estou tentando. Agora quero que ele cresça, então estou mais focada nisso, cuidando mais para que os cachos fiquem ainda mais sedosos e macios.
Sabrinah Giampá – É preciso gastar rios de dinheiro para ter fios crespos bonitos?
Dreisse Drielle – Bah, que mentira! Não gasto nem com meu corte de cabelo mais! E nem é preciso ter muito dinheiro. É preciso ter dedicação, porque cabelos cacheados exigem isso. E paciência também, porque eles tem vida própria e tem dia que não adianta mexer muito. Se eles querem ficar daquele jeito, eles irão ficar daquele jeito! hahahaha
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Dreisse em novembro do ano passado, com o black já crescido e luzes nas pontas |
“Trabalho eu acho que dá. E dá um pouco de preguiça, às vezes, mas minha relação com meu cabelo é ótima. Sou apaixonada pelos meus cachos e não os troco por mais nada nessa vida. Meu cabelo é bem espontâneo e já se foi a época que ele se adaptava à mim. Eu me adaptei a ele. O estilo é ele quem dita, eu só dou uma mãozinha.”
Sabrinah Giampá – E como é atualmente a sua relação com seu cabelo natural? Como o estiliza? Acha que dá trabalho?
Dreisse Drielle – Trabalho eu acho que dá. E dá um pouco de preguiça, às vezes, mas minha relação com meu cabelo é ótima. Sou apaixonada pelos meus cachos e não os troco por mais nada nessa vida. Meu cabelo é bem espontâneo e já se foi a época que ele se adaptava à mim. Eu me adaptei a ele. O estilo é ele quem dita, eu só dou uma mãozinha.
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Dreisse modelando: black power em evidência |
“É mais fácil cuidar dele assim, e eu prefiro. Era péssimo fazer chapinha toda semana ou toda vez que eu fosse sair. Não sigo a rotina low poo/no poo, mas também não abuso do xampu, porque sei que isso vai ressecá-lo ainda mais.”
Sabrinah Giampá – Como aprendeu a cuidar do seu cabelo natural? (é evidente que cuida bem dele). É mais fácil cuidar de um cabelo natural ou progressivado, por quê? Segue a rotina low poo/no poo ?
Dreisse Drielle – Aprendi a cuidar do meu cabelo experimentando: testando produtos, penteados, jeito de lavar. Eu tomava o maior cuidado porque ele estava caindo, né? Então todo cuidado era pouco. Depois do black, foi testando muitas coisas também. Produtos e formas de estilização. Aprendi a cortar meu próprio cabelo, e desde então, não voltei mais ao salão de beleza. Nossa vida se torna 80% mais fácil quando a gente aprende que produtos usar, qual é o melhor corte, como cortar, etc, etc. Hoje, eu também sigo um cronograma capilar rigorosamente. Hidratação dia sim, dia não. E o meu cronograma também inclui nutrição e reconstrução, sendo que eu abuso muito mais da reconstrução do que da nutrição. É mais fácil cuidar dele assim, e eu prefiro. Era péssimo fazer chapinha toda semana ou toda vez que eu fosse sair. É bem melhor cuidar agora. Não sigo a rotina low poo/no poo, mas também não abuso do xampu. Molho todos os dias, mas não uso xampu sempre, porque sei que isso vai ressecá-lo ainda mais. Lavo três vezes na semana, e é o suficiente. De vez em quando, a lavagem coincide com o cronograma , mas na maioria das vezes, não.
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Dreisse: crespo bem tratado, sem gastar muito dinheiro |
“Essa mania de achar que mulher bonita tem que ter cabelo liso e longo é a maior furada. Para mim, mulher bonita é bonita até careca, então eu acho que essa mania da sociedade de julgar as mulheres de cabelo curto e fora ‘dos padrões’ deveria acabar.”
Sabrinah Giampá – Quais são seus produtos preferidos?
Dreisse Drielle – Meus produtos se resumem basicamente em Pantene e TRESemmé. Para lavar, uso xampu e condicionador da TRESemmé para cabelos cacheados. O que eu mais gosto do cronograma é a ampola de reconstrução e força da TRESemmé, que uso uma vez por semana. É milagrosa para o meu cabelo! Uso também o Dove Hidratação Intensa, que vale super a pena. Para definir os cachos, vou de Pantene Cachos Definidos e/ou o ativador de cachos da Bio Extratus.
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A ampola de reconstrução e força da TRESemmé é um dos segredos de beleza do black imponente de Dreisse Drielle |
Sabrinah Giampá – Costuma fazer algum penteado?
Dreisse Drielle – Comecei a ousar nos penteados de um ano para cá. Gostava muito de acessórios quando estava no começo do black power, mas a medida que o cabelo foi crescendo, eu fui criando confiança nos grampos e fazendo penteados. O que mais uso, principalmente para festas, é um em que jogo o cabelo todo de lado e coloco algum acessório chique do outro. Fica volumoso, chama atenção e eu adoro! Atualmente, estou criando coragem para usar bandanas. Acho maravilhoso, mas ainda não consegui adaptar isso ao meu estilo de se vestir.
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Dreisse com o seu penteado favorito |
“Quando a gente se aceita de verdade, nosso humor melhora, nosso jeito de olhar no espelho muda e até o brilho nos olhos fica mais intenso. As pessoas vão falar mesmo, e isso é fato. Vai ter gente olhando torto na rua, criança apontando o dedo e rindo. Mas por que se importar? As melhorias são imensas e o orgulho que dá da nossa própria personalidade é a maior recompensa. E vamos combinar que usar chapinha nesse calor não dá, né? Aproveita o verão e se joga! “
Sabrinah Giampá – Qual o recado que você deixaria para outras meninas que tem uma história parecida com a sua, mas que não conseguem se aceitar devido ao preconceito?
Dreisse Drielle – SE LIBERTE DESSA DITADURA! Crie seu próprio estilo e se assuma de verdade. Mostre, primeiramente para você mesma, quem você realmente é. Os outros são os outros e só! Como já canta um cantor por aí. Quando a gente se aceita de verdade, nosso humor melhora, nosso jeito de olhar no espelho muda e até o brilho nos olhos fica mais intenso. As pessoas vão falar mesmo, e isso é fato. Vai ter gente olhando torto na rua, criança apontando o dedo e rindo (uma vez, uma criança me perguntou porque eu não usava um pente para melhorar o cabelo). Mas por que se importar? Você é MUITO mais linda natural, do jeito que seu cabelo realmente é. As melhorias são imensas e o orgulho que dá da nossa própria personalidade é a maior recompensa. E vamos combinar que usar chapinha nesse calor não dá, né? Aproveita o verão e se joga!
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