Hoje, a caminho do trabalho, ao observar da janela do ônibus as pessoas, andando de um lado para o outro, apressadas, como um grande formigueiro, pensei no quanto estamos aprisionados a uma existência que independe da nossa escolha, pois na verdade, somos escolhidos por ela. Simplificando, somos todos prisioneiros da vida que levamos. Afinal, o que desejam no fundo este mundaréu de gente com pressa e na maioria das vezes, estressada? Ainda mais num dia lindo de sol como o de hoje? Aposto que nenhuma delas está feliz de se enfiar num escritório, ficar horas a fio diante de um computador, aguentar pressão de chefe e o canibalismo do corporativismo. Aposto que adorariam estar num lugar tranquilo, com uma bela paisagem, se refrescando com uma bebida agradável, e de preferência cercadas por bons amigos. Acredito que apenas no início da vida temos um pouco de liberdade, mas aos poucos ela vai sendo perdida. Vem as obrigações estipuladas pelos pais: hora de comer, tomar banho, brincar. Depois vem a escola. As lições. E quando pensamos ter concluído toda essa jornada, somos absorvidos pelo sistema de uma vez por todas. Penso que assim como eu, todas essas pessoas, não gostariam de desperdiçar suas existências desta forma. Mas dependem de seus trabalhos porque necessitam da p… do dinheiro para sobreviver. Certa vez li uma frase, em que a suposta autoria era do Dalai Lama, onde dizia que os homens eram incompreensíveis. Gastavam a saúde para acumular dinheiro metade da vida, e na outra gastavam o dinheiro para tentar recuperar a saúde, e nesse meio tempo, a vida foi desperdiçada. O meu grande questionamento neste momento é: o que fazer para se livrar deste círculo vicioso?

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