Quando a Gislaine me procurou pelo Facebook, confesso que fiquei bastante preocupada com o caso dela. Embora tenha deixado de usar uma química super agressiva para alisar os cabelos, o Henê, há mais de cinco anos, e já ter assumido e aceitado seus cachos naturais, ela sofreu um corte químico.

Gislaine já tinha assumido os cachos naturais, quando sofreu o corte químico durante uma descoloração

Para quem não sabe, o corte químico é quando o cabelo não suporta o procedimento químico, no caso dela, a descoloração. Alguns fios se quebram instantaneamente, outros ficam elásticos e com a aparência esponjosa, ou seja: zero definição!

Este foi o resultado do corte químico nos cachos de Gislaine: definição zero e aparência elástica, que fez com que ela própria arriscasse umas tesouradas, o que deixou sua autoestima lá embaixo

Expliquei a ela, que o Henê é incompatível com todas as colorações, mas que no caso dela, como já havia passado muitos anos do alisamento, e ela já tinha descolorido antes, a possibilidade é que o fio estivesse fragilizado quando recebeu a segunda recarga de cor, ou seja, a pausa entre uma coloração e outra não havia sido respeitada.


A foto acima e abaixo foi de quando Gislaine chegou na Garagem dos Cachos. Seu objetivo era recuperar seus cachos, mesmo que para isso tivesse que abrir mão do comprimento que tanto preza. 



Neste caso, tive que ser sincera com ela, e expliquei que a única solução seria vitamina T de tesoura. Os fios ainda estavam em elásticos, e portanto, ressuscitar algum cacho naquele estado era improvável. Gislaine concordou comigo que era preferível ter cachos curtos e em tratados do que um cabelo comprido deplorável. Então, fui eliminando toda a parte esponjosa, tentando harmonizar os fios restantes com o formato do rosto dela. O resultado final pode ser visto na foto abaixo:

Além de eliminar 99,9% da parte estragada, nós fizemos o ritual Deva com o xampu No Poo, que não faz nenhuma espuma, e reconstruímos com a máscara  Redken Strength Builder, uma aliada em casos como o da Gislaine.

Reparem que os cachinhos voltaram a dar o ar da graça. Algumas pequenas mechas que sobraram do corte químico, receberam um suporte amigo do reconstrutor, que age como uma espécie de band-aid, embora não tenha realmente o poder de reconstruir o cabelo. Isso ao meu ver é uma lenda!

Dias depois da visita à Garagem dos Cachos, Gislaine postou no facebook o resultado do corte no seu dia a dia:

Cachos mais definidos e fios saudáveis! Entretanto, ela relata que sofreu muitas críticas das pessoas próximas em relação ao comprimento. Ouviu frases do tipo: – O que você fez com o seu cabelo? – Por que tão curto? E por aí vai… 

Eu confesso que fico impressionada de ver o quanto nossa cultura relaciona os fios longos com feminilidade. Ao meu ver, isso é uma grande idiotice, porque a nossa feminilidade está nas nossas atitudes, na forma como nos colocamos para o mundo, e não no comprimento do cabelo!



Banalidades a parte, Gislaine ficou muito feliz com o resultado, e está cuidando direitinho, para que no futuro possa novamente ostentar cachos longos ( como ela mais gosta) e bem tratados. Enquanto isso, vamos rezar para que as pessoas em seu entorno arrumem coisas mais importantes para se preocupar do que implicar com o cabelo da Gislaine, que modéstia a parte, ficou lindo!

Você também passou por um corte químico? Gostou do corte? Quer cortar também? Minha garagem fica em São Paulo, capital, pertinho do metrô São Judas. Para mais informações, me adicione no Facebook Sabrinah Giampá, e me chame inbox. Se preferir, escreva para cachosefatosoficial@gmail.com. Também vendo os produtos da Deva Curls, que são liberados para as rotinas Low Poo e No Poo.

* Tive autorização da minha cliente para divulgar essas fotos

Quer ver outras transformações? Acesse aqui!
  1. A Gislaine tomou a decisão correta, resgatar a identidade.
    Quanto aos comentários, são a prova de que sair do lugar comum afeta a zona de conforto de quem está ao seu redor.
    Assumir os cachos, estilo próprio , resgata a autenticidade da pessoa.
    Adorei o trabalho.

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