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| A fachada do Floreal Clínica dos Cachos, onde foi realizado o curso de cortes Deva |
Conforme havia mencionado, estou fazendo o curso de cortes do Senac desde outubro deste ano, e começarei em breve o de coloração ainda em dezembro. O que eu não contei, é que graças a
Dani Lisboa, do
Floreal Clínica dos Cachos, fiquei sabendo que haveria um curso inédito do Deva Cut (corte Deva específico para cabelos crespos e cacheados) em São Paulo, ministrado pelo Denis da Silva, co-fundador do Devachan, de Nova York.
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| Imagem interna do Floreal Clínica dos Cachos, na Vila Mariana, em São Paulo |
O curso durou um dia inteiro, e foi riquíssimo de detalhes, o que significa que consegui aprender MUITO. (Modelos cacheadas, venham até mim. Agora que estou com os dois certificados, terei que cobrar pelo corte, mas como ainda sou nova na área, será um valor simbólico apenas para cobrir meus gastos com produtos).
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| Denis da Silva em ação, durante curso de cortes Deva. Na foto ele corta uma ‘modelo viva’ |
O Denis nos contou que quando decidiu focar no mercado dos crespos, foi tido como louco, pois era apenas um nicho, que representava 10% do mercado. Mas o que ele percebeu é que os alisamentos, progressivas e afins, só tinham bons resultados no início, e que com o tempo, os cabelos ficavam destruídos e sem vida.
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| Eu e minha boneca crespa, antes do corte |
Ele também nos mostrou, que ao contrário do que a maioria pensa, quanto mais crespo o cabelo, mais fino ele é, e esse é um dos motivos para o corte Deva ser feito a seco, pois o cabelo enrolado é absurdamente diferente quando está molhado: os cachos esticam. Por isso, cortar um dedo a mais pode ser trágico. A análise da retração desse cacho é fundamental para realizar um bom corte: “Quanto menos você cortar, melhor fica o cabelo”, orientou o profissional. O segredo é saber como e aonde especificamente você pode colocar a tesoura para trabalhar. “Ainda existem muitas mulheres que preferem morrer ao ir ao salão, ficaram traumatizadas”.
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| Colocando às mãos na massa, durante o primeiro corte da minha boneca crespa |
Denis é um estudioso dos cachos, e trabalha no desenvolvimento da rotina low poo/ no poo há aproximadamente uns 14 anos. O que ele tenta passar para as suas clientes é que o cabelo encaracolado não é uma moda, e sim, um estilo de vida. E não basta apenas estudar os mais de 140 tipos de cachos que existem, e também o formato do rosto e estrutura corporal da cliente (como já falamos na matéria de visagismo).
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| Fazendo meu primeiro DevaCut na boneca crespa, que veio de Nova York: Respeitar o formato do cacho é fundamental! |
Para ele é uma luta diária fazer com que as mulheres aceitem, respeitem, e principalmente, amem seus cabelos naturais: “Albert Einstein já dizia que o que faz as pessoas não mudarem é a educação que tiveram”. E segundo Denis, isso também é culpa dos profissionais de beleza, que há anos vêm reverenciando os fios lisos em detrimento dos crespos. “A mulher alisada desperdiça dinheiro, enquanto a mulher cacheada investe dinheiro para manter os fios bem tratados, e nesse aspecto, acaba gastando menos que a primeira”.
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| Minha boneca com o primeiro corte executado |
“Quando vejo um cabelo frizado, o que vejo é um cacho pedindo pelo amor de deus para acontecer”. Denis ainda fez uma revelação bombástica, que acredito que cairá como uma polêmica para muitas leitoras adeptas do cronograma capilar: a reconstrução não existe. ” O cabelo é 89% proteína (queratina), mas esta só pode ser reposta pela boca, ou seja, através da alimentação. 1% é a combinação de minerais que não sai da fibra capilar e o restante é água. Essa última pode ser reposta tanto internamente, como externamente”.
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| Segundo corte finalizado ( um lado está mais volumoso que o outro porque queria ver como ficaria com os cachos soltos, então soltei apenas de um lado) |
Denis também fala sobre a rotina que criou com a sua sócia Lorraine Massey, o no poo/ low poo: ” O sulfato é abrasivo. Todos nós profissionais sabemos que o xampu não trata, e sim resseca o cabelo, só que a maioria prefere vender uma mentira”. Ele também fala sobre os silicones: “não foi feito para ser usado no ser humano, quanto mais silicone você usar, menos água vai entrar no cabelo, o que é justamente o que ele precisa”.
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| Uma das divisões que aprendi na aula |
Todos os alunos do curso ganharam uma boneca com cabelos crespos e naturais para praticarem os dois tipos de técnicas de corte que foram ministrados. O que ainda me surpreende e me causa revolta é o fato de não encontrarmos bonecas crespas para vender no Brasil, afinal, como os profissionais irão treinar o corte crespo na boneca lisa? Não faz sentido algum. Mas enfim, consegui ver perfeitamente o caimento dos cachos durante os cortes, o que foi uma experiência incrível.
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O simpático, Rodrigo, que é irmão do Denis e do Miro, e atua no Floreal de São Bernardo,
me deu uma força durante o curso |
Além da assistência do Denis, o irmão dele Miro Nunes, que é proprietário do Floreal Clínica dos Cachos, onde o curso ocorreu, e o Rodrigo, que trabalha no Floreal de São Bernardo-SP, também auxiliaram os profissionais na execução precisa das técnicas para o corte Deva. O que acho mais legal da proposta do Floreal, tanto o de SP como o de São Bernardo, é o excelente custo benefício. O objetivo não é explorar as clientes cacheadas, e sim, valorizar a beleza natural. No próximo post mostrarei mais. Acompanhem!
Lamujerysuantifaz says:
Na verdade o que vc disse sobre a reconstrução é algo que comecei a questionar desde ontem. Já que os dermatologistas e biólogos consideram o cabelo morto, como pode ser reconstruído.Um amigo químico disse que a proteína serva apenas dar brilho ao cabelo e que as vitaminas não fazem efeito a menos que sejam tomadas, se for assim, a maioria das coisas que fazemos no cabelo não faz sentido. Segundo meu amigo, os cosméticos só teriam efeito para amaciar e dar brilho. Mas ainda não entrei em detalhes com a minha dermato, a única coisa que ela diz é que o couro cabeludo deve estar nunca oleoso e que os óleos só devem ser passados nos fios para proteger das agressões externas.
Lina says:
Nossa!!! Achei ótima a materia e comecei a entrar no no/ low poo agora e já acho que meu cabelo ta bem melhor! Se quiser uma cobaia pra testar cortar a seco eu aceito! nunca cortei o cabelo assim!
Sabrinah Giampá says:
Lina: corto pra você com certeza, mas como ainda estou na fase de praticar, não lhe cobrarei nada. Você mora em SP? Me adiciona no facebook que conversamos: Sabrinah Giampá. bjks
Lamujerysuantifaz: Também estou me questionando sobre isso a algum tempo. Acredito que os reconstrutores dão bons resultados porque também tem compontentes hidratantes e nutritivos e não pela ‘reconstrução’ em si, afinal, como reconstruir algo que já é morto? bjks
Adriele Matos says:
Mas e as histórias dos cabelos que ressuscitam após grandes químicas? De cabelos elásticos que voltam a ganhar força após várias reconstruções? Não sei se acredito nisso. apesar de fazer sentido, a experiência nos mostra outra coisa
Sabrinah Giampá says:
Adriele, por isso que eu falei que isso geraria polêmica. Nunca acreditei que reconstrutores reconstruíssem os cabelos, como o próprio nome diz, e sim que fizessem uma espécie de selagem, como se fosse um durex, ou algo superficial, que resolvesse o problema parcialmente, mas enfim… só estudando mais mesmo pra descobrir, além de outras bateladas de testes. É isso que farei para posteriormente compartilhar aqui no blog. bjks