Finalmente a Promoção Meu cabelo, minha história foi encerrada, e confesso que foi absurdamente difícil decidir entre as melhores histórias. Recebi relatos emocionantes e que me fizeram passar noites em claros com a incumbência de escolher as três melhores, e com isso, não ser injusta com nenhuma participante.

É claro, que todas elas serão publicadas aqui ao longo do tempo, assim como a da Aline, que também participou, entretanto, optei por colocar uma por semana, começando pelas vencedoras, na seguinte ordem: 3º, 2º e 1º lugar.

Nesta semana, vocês irão conhecer a história da Andrezza Caroline da Rocha Silva, a 3ª colocada desta seletiva. Na semana seguinte será publicada a da 2ª colocada e na próxima a da 1ª. Nas seguintes, as outras histórias também serão divulgadas. Espero que acompanhem todas com o mesmo entusiasmo que me deliciei com cada leitura. E que cada uma delas, toque o coração de vocês, como tocou o meu, e que ajude mais e mais pessoas a se libertarem dessas amarras sociais, que nos impedem de sermos nós mesmas, e com isso, de recobrar a autoestima perdida após anos e anos de lavagem cerebral midiática. Boa Leitura!

3º LUGAR –  Promoção Meu cabelo, minha história: ANDREZZA CAROLINE DA ROCHA SILVA, 20 anos – Limeira-SP

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Uma vez, alguém me disse que meu cabelo era ruim. Eu acreditei, e chorei incontáveis vezes, porque ele nunca ficava do jeito que eu queria. Por que eu não havia nascido com os fios lisos? Por que eu não poderia ser como as outras garotas da escola, com os cabelos soltos ao vento, sem aquele volume todo? Ouvia dos outros:- Por que você não alisa? Via todo mundo e achava que tinha nascido com defeito.

“Meu nome é Andrezza Caroline, tenho 20 anos e sou de Limeira-SP. Menininha ainda, quando andava de patinete e bicicleta com rodinhas, meu cabelo já me causava constrangimentos. Ninguém nunca soube lidar com todo aquele volume, e como se não bastasse, a hora de pentear e desembaraçar era o maior dos pesadelos.

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Uma vez, alguém me disse que meu cabelo era ruim. Eu acreditei, e chorei incontáveis vezes, porque ele nunca ficava do jeito que eu queria. Por que eu não havia nascido com os fios lisos? Por que eu não poderia ser como as outras garotas da escola, com os cabelos soltos ao vento, sem aquele volume todo? Ouvia dos outros:- Por que você não alisa? Via todo mundo e achava que tinha nascido com defeito.

Passei a infância e parte da adolescência toda odiando meu cabelo, até que descobri um jeito de ser como todas as outras. Passei então horas e horas no salão de beleza para tentar deixar a minha ‘juba’ ‘controlada’. Alisei. E olha, até que ficou bonito! Podia lavar e deixar secar naturalmente sem me preocupar em ter que prender depois.

Porém, era só passar alguns poucos meses, para a raiz crescer e meu cabelo de verdade reaparecer. Sendo assim, me sentia obrigada a passar outras horas intermináveis no salão. Sentia aquele cheiro de química forte, que fazia meus olhos lacrimejarem e minha garganta arder, apenas para ter o gostinho de ter o cabelo que eu achava que deveria ter.

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Passei a infância e parte da adolescência toda odiando meu cabelo, até que descobri um jeito de ser como todas as outras(…)  Alisei(…) Porém, era só passar alguns poucos meses, para a raiz crescer e meu cabelo de verdade reaparecer. Sendo assim, me sentia obrigada a passar outras horas intermináveis no salão. Sentia aquele cheiro de química forte, que fazia meus olhos lacrimejarem e minha garganta arder, apenas para ter o gostinho de ter o cabelo que eu achava que deveria ter.

Comecei aos 12 anos e fiz de quase tudo: relaxamento, progressiva e os dois juntos… Depois de todo aquele processo sofrido, eu sempre recebia vários elogios, pessoas dizendo que aquele cabelo era melhor que o meu natural. Tanto, que comecei a acreditar.

Foi só aos 19 anos, depois de anos e anos alisando meu cabelo enrolado, que apareceram na minha cabeça algumas perguntas. Qual era o problema com o meu cabelo de verdade? Por que eu tinha que mudar o que eu realmente era apenas pra que os outros me achassem bonita?

Via na internet tantas mulheres lindas e tão confiantes com seus cabelos cacheados, crespos, volumosos. E eu ali, escondendo o meu. Foi quando eu descobri, depois de tanto tempo, que meu cabelo não é, nunca foi, e nunca vai ser ruim. Ruim é ter que mudar pra se encaixar num padrão imposto de que o correto é ser igual a todo mundo. Meu cabelo, meu volume, meus cachinhos, nunca fizeram mal a ninguém.

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Andrezza ainda em transição, após seu segundo corte

Faz cerca de um ano e três meses desde que parei com as químicas e comecei um processo de autoaceitação e mudança interior. Eu, que sempre tive cabelo comprido, cortei curtinho para tirar a parte com química, pois aquela parte lisa jamais voltaria a ser como era antes. No começo, eu estranhei, e ainda tive que lidar com comentários preconceituosos e desnecessários, que me magoaram, mas que me fizeram perceber que ainda existem pessoas maldosas e com pensamentos retrógrados, e que também, é minha responsabilidade, a de mostrar a essas pessoas o quanto estão erradas.

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1 ano antes de sucumbir às químicas.

Hoje, eu não deixo ninguém dizer que meu cabelo é ‘ruim’, ou que ficaria melhor de outro jeito. Não quero sustentar mais o preconceito de que só cabelo liso é bom, e comecei essa mudança dentro de mim mesma. A melhor coisa que eu fiz foi aceitar o meu cabelo e aceitar a mim mesma. Meu cabelo nunca foi liso, por mais que eu quisesse mudar isso. Como diz o meu pai: – Cabelo natural é sempre mais bonito! Ainda acrescento: Porque bonito mesmo é você se aceitar do jeitinho que você é.

‘O primeiro passo para a mudança é a aceitação. Uma vez que você aceite a si mesmo, você abre a porta para a mudança. Isso é tudo o que você tem que fazer. Mudança não é algo que você faz, é algo que você permite.’Will Garcia”

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A Andrezza foi a 3ª colocada na Promoção Meu cabelo, minha história, que foi encerrada neste último sábado, dia 22/08/2015. A 2ª e 1ªs histórias classificadas serão publicadas nas próximas semanas, e assim suscetivamente. Fique de olho! Caso queira compartilhar sua história nessa seção, escreva para cachosefatosoficial@gmail.com, com Meu Cabelo, minha história no assunto. Fotos são obrigatórias. Quer ler outras histórias de superação? Clique aqui!  

  1. Maria Estela Renaldo Madureira says:

    Vocês estão de parabéns, pela promoção fantástica, pelo o incentivo dos cachos, confesso que seria previlegiada se tivesse os meus, mas como não tive, aplauso cada uma, pelos de vocês ??? e aproveite quem tem ??vocês são poderosas. Parabéns Andrezza ?

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