Após anos e anos raspando o cabelo para se adequar a um padrão que seus pais tinham como correto, e também para fugir do bullying dos coleguinhas da escola, Joeb Andrade, finalmente escancarou seus cachos, que já havia dado como perdidos, para o mundo.  

Durante a fase atribulada de pré-vestibulando, aos 17 anos, ele se permitiu dar uma folga pro cabelo, e até pensou em fazer um permanente afro, caso seus cachos de infância não dessem mais o ar da graça. Para a sua surpresa, eles voltaram com força total, e trouxeram junto toda a sua identidade negra. 
Recuperar isso, o tornou um defensor do cabelo natural e da valorização da beleza afrodescendente. Idealista por natureza, descobriu que cabelo não tem gênero ao romper o abismo que o machismo criou para bloquear a vaidade masculina. 
Sem medo de sofrer qualquer tipo de preconceito, mas acreditando ser um estranho no ninho, pediu conselhos para blogueiras e vlogueiras, para aprender a cuidar melhor do seu cabelo crespo. Surpreendeu-se com a quantidade de colegas do sexo masculino que o procuraram posteriormente, pelas redes sociais, para pedir dicas, pois não tinham coragem de se expor, como ele próprio havia feito. 
Consciente disso, tomou a bandeira em prol dos cabelo crespos como sua, e atualmente, aos 19 anos, é ator de teatro e estudante de Rádio e TV, em Recife, aonde mora ( ele é de Natal-RN). Ele trabalha em um projeto de cinema, que visa levar alunos de escolas públicas ao mundo cinematográfico, o que não deixa de ser uma forma de resgatar a autoestima. E apesar de adorar o que faz, Joeb se considera feliz, pelo simples fato de poder se olhar no espelho e reconhecer a si mesmo. Espero que (homens e mulheres) gostem da entrevista!
Joeb com os cachos podados: sentia falta

“Nunca fiz nenhum tipo de procedimento químico, apesar de que quando olhava minhas fotos da infância, sentia saudade dos meus cachos, e como achava que não voltariam mais, após anos raspando o cabelo, convivia com a ideia de fazer um permanente afro um dia e resgatar a minha verdadeira identidade.”  


Sabrinah Giampá – Você sempre usou o seu cabelo natural ou já fez algum tipo de alisamento? 
Joeb Andrade – Nunca fiz nenhum tipo de procedimento químico, apesar de que quando olhava minhas fotos da infância, sentia saudade dos meus cachos, e como achava que não voltariam mais, após anos raspando o cabelo, convivia com a ideia de fazer um permanente afro um dia e resgatar a minha verdadeira identidade.  
Sabrinah Giampá – E por que você raspava a cabeça sendo que gostava tanto dos seus cachos?
Joeb Andrade – Quando eu era criança e pré-adolescente, eram os meus pais que decidiam tudo por mim, desde a roupa que eu vestia, até meu corte de cabelo: sempre à máquina. Com 14 anos, ganhei esse ’livre arbítrio’ para decidir o que vestir e como usar meu cabelo, porém, só aos 17 anos, por um simples acaso, eu deixei o cabelo crescer. 
Joeb antes de redescobrir seus cachos
“Quando eu era criança e pré-adolescente, eram os meus pais que decidiam tudo por mim, desde a roupa que eu vestia, até meu corte de cabelo: sempre à máquina. Com 14 anos, ganhei esse ’livre arbítrio’ para decidir o que vestir e como usar meu cabelo, porém, só aos 17 anos, por um simples acaso, eu deixei o cabelo crescer.”
Sabrinah Giampá – Como isso aconteceu?
Joeb Andrade – Não estava nos meus planos, mas meu dia a dia estava super corrido (vida de pré-vestibulando) e estava sem nenhum tempo de cortar o cabelo.  E conforme ele foi crescendo, notei que boa parte dele começou a enrolar. Então eu pensei em deixá-lo crescer, e quando estivesse com um bom tamanho, eu faria o procedimento químico, mas para enrolar, e não para alisar. Como percebia apenas algumas partes levemente aneladas, não acreditava que os cachos voltariam por completo, e muito menos que ficariam bonitos.
Sabrinah Giampá – E você fez o permanente afro?
Joeb Andrade – Não foi preciso! De repente, os cachos começaram a ficar mais definidos do que nunca, e as pessoas começaram a notar essa diferença, e até alguns colegas chegaram a me incentivar a cultivá-los. Dois anos depois, ele está assim, até melhor do que imaginava. É muito bom olhar no espelho e dizer: ‘’Nossa, hoje estou tão EU’ . Engraçado, quando encontro algum amigo de infância, muitos não me reconhecem, mas aprovam  os meus cachos, e até comentam sobre esse desejo de infância.  Posso dizer que foi uma mudança radical. 
Joeb com os cachos redescobertos: olhar no espelho e dizer :
“- Nossa, hoje estou tão eu!”
“Os cachos começaram a ficar mais definidos do que nunca(…)Dois anos depois, ele está melhor do que imaginava. É muito bom olhar no espelho e dizer: ‘’Nossa, hoje estou tão EU’. Engraçado, quando encontro algum amigo de infância, muitos não me reconhecem. Posso dizer que foi uma mudança radical.”
Sabrinah Giampá – Assumir o cabelo crespo é uma moda ou um ato político?
Joeb Andrade – Um ato político. Nossa sociedade sempre quis passar uma borracha na história do negro, o que acaba sendo impossível, pois passar uma borracha nessa história é passar uma borracha na metade da história da humanidade. Quando alguém resolve aceitar seu cabelo crespo, sua cor e seus traços africanos, está abraçando toda uma história por trás disso tudo.  Entretanto, toda regra tem a sua exceção. Nem todos que assumem sua própria estética, principalmente o cabelo crespo, que tem tido muito destaque ultimamente, estão verdadeiramente aceitando as suas origens. Alguns só assumem o cabelo crespo para seguir celebridades, que de uns tempos pra cá, adotaram seu cabelo natural. Seja a mocinha da novela ou um jogador de futebol. Mas é uma aceitação totalmente superficial, pois é apenas a estética pela estética, eles esquecem que o principal é aceitar quem eles são, ou seja, a essência, a identidade, não se trata de se adaptar a uma moda. Aliás, recrimino qualquer tipo de padrão, penso que viver de padrões é viver de forma artificial. A mesma mídia que hoje diz que o belo é ter o cabelo liso e loiro, é a mesma que dirá amanhã que o belo é ter cabelo crespo. O importante é não deixá-la nos impor o que é belo ou não, até porque a beleza depende dos olhos de quem vê, mas e se esses olhos estão todos ofuscados pelo padrão midiático imposto?
Joeb: assumir o cabelo não é identidade,
não se trata de se adaptar a uma moda
“Quando alguém resolve aceitar seu cabelo crespo,está abraçando toda uma história por trás disso tudo. Entretanto, nem todos estão verdadeiramente aceitando as suas origens. É uma aceitação totalmente superficial, pois é apenas a estética pela estética, eles esquecem que o principal é aceitar quem eles são, ou seja, a essência, a identidade, não se trata de se adaptar a uma moda.”

Sabrinah  Giampá– Exatamente. Isso é algo que questiono muito e até uso para provocar algumas pessoas, afinal, por que você acha o liso bonito e o crespo feio? Já parou para pensar nisso? Que ideias foram estas que te ajudaram a construir, dentro da sua cabeça, este ideal de beleza? Seriam os contos de fada da infância, onde a princesa é lisa e a bruxa crespa? Seria o preconceito que nos é passado de geração para geração? Ou os anúncios publicitários e propagandas de TV que bombardeiam os nossos olhos diariamente com os ‘lisos perfeitos’?
Joeb Andrade – Um bom exemplo é o caso da Lupita Nyong´o, aquela atriz negra, que recentemente foi eleita pela revista People como a mulher mais linda do mundo. Esse título gerou uma grande repercussão, porque muitos acharam um verdadeiro absurdo, e até mesmo uma ironia, uma negra merecer esse destaque, e desbancar outras atrizes brancas. Cheguei a ver comentários como este:  ”Se é para escolher uma negra, que seja ao menos uma  bonita. Existem mulheres negras mais lindas do que ela, como a Halle Berry, Tyra Banks, Beyoncé…”. 
Sabrinah Giampá – Ou seja, todas atrizes negras que foram ‘embranquecidas’ por Hollywood, com direito a cabelos alisados e fios nórdicos. 
Joeb Andrade – É como se dissessem: ”Lupita é negra demais para ser considerada bonita”. A mídia nos fala que podemos ser negros, mas para sermos aceitos nesse mundo, temos que ter a pele no máximo na cor marrom claro, com traços finos e cabelos lisos de Europeus, daí sim, seremos um negro(a) bonito(a), caso contrário já sabemos os nomes pejorativos que vamos levar durante toda nossa vida. 
Lupita Nyong ´o eleita a mulher mais linda do mundo,
causou polêmica por não ter os fios alisados
“Um bom exemplo é o caso da Lupita Nyong´o, eleita a mulher mais linda do mundo. Esse título gerou uma grande repercussão, porque muitos acharam um verdadeiro absurdo uma negra merecer esse destaque. Cheguei a ver comentários como este:  ‘..que seja ao menos uma negra bonita como a Halle Berry,  Beyoncé…’. “

Sabrinah Giampá – E você concorda com essa eleição da mulher mais linda do mundo? Acha que a conquista de uma negra, que foge do ‘embranquecimento hollywoodiano’, ao título pode ter uma influência positiva para as jovens negras, que não encontram uma referência midiática?
Joeb Andrade – Quanto à eleição da mulher mais linda do mundo, fiquei muito feliz da Lupita ter conquistado esse título. Obviamente que não existe isso de mulher mais bonita do mundo, isso é apenas um título para vender mais uma capa de revista, o ‘problema em questão’ foi o fato de uma negra ter ganhado esse destaque. Eu fico imaginando a reação de uma garota negra, quando ela abre uma revista e se depara com a Megan Fox como o padrão máximo de beleza. Com certeza a autoestima dela vai lá pra baixo, justamente porque a Megan não é nenhuma referência para ela, impossível encontrar alguma semelhança. Agora com a Lupita é totalmente diferente. Essa garota vai ver essa revista e pensar: “Essa mulher se parece comigo, então eu também posso ser considerada bonita”. Uma garota branca, que se adeque ao padrão da Megan, não precisa que uma revista de beleza diga a ela o quanto ela é bonita, digo isso, pois toda sociedade fala em conjunto. Agora a menina negra, que sempre teve sua autoestima baixa, e que sempre acreditou que para ser considerada bonita, teria que se aproximar ao máximo do padrão europeu, e mesmo assim, correndo o risco de falhar, olhará no espelho e dará uma chance para si mesma.  
Para Joeb, Lupita serve de inspiração para muitas
meninas negras fazerem as pazes com seu cabelo crespo
natural, sua cor e identidade
“Eu fico imaginando a reação de uma garota negra, quando ela abre uma revista e se depara com a Megan Fox como o padrão máximo de beleza. Com certeza a autoestima dela vai lá pra baixo, impossível encontrar alguma semelhança. Agora com a Lupita é totalmente diferente. Essa garota vai ver essa revista e pensar: “Essa mulher se parece comigo, então eu também posso ser considerada bonita”.
Sabrinah Giampá – Como é ser um homem com o cabelo crespo assumido? Você sofre ou já sofreu preconceito por causa do cabelo? 
Joeb Andrade – Atualmente, não me lembro de ter ouvido nenhum comentário depreciativo em relação ao meu cabelo, mas sei que esse preconceito existe, pois vivemos em uma sociedade, que além de racista, é machista, e na qual ‘homens tem que ter o cabelo curto para serem aceitos como homens’. Às vezes penso que a segurança que eu transmito com meu cabelo crespo natural pode intimidar as pessoas, que ficam temerosas com alguma reação da minha parte, e por isso não se atrevem a fazer nenhum tipo de ofensa. 
Sabrinah Giampá – A opinião dos outros é indiferente pra você?
Joeb Andrade – Dizer que a opinião dos outros não é importante seria pura hipocrisia, pois é importante sim, mas a partir do momento que VIVEMOS dessa opinião, ela passa a nos fazer mal, pois ficamos neuróticos. É preciso ter em mente que é impossível agradar a todos. Os maiores pensadores da humanidade, vieram a terra para nos deixar vários ensinamentos preciosos, e não conseguiram agradar a todos, então quem somos nós para agradar? Portanto, penso que é preciso parar de viver para os outros e começar a viver para nós mesmos, se permitir ser o que somos, e assim exigir o respeito que merecemos.

“É preciso ter em mente que é impossível agradar a todos. Os maiores pensadores da humanidade não conseguiram agradar a todos, então quem somos nós para agradar? “
Sabrinah Giampá – Como você enxerga o machismo em nossa sociedade? 
Joeb Andrade – Infelizmente é algo ainda muito recorrente, e consegue se impor até na forma das mulheres se vestirem, conforme aquela pesquisa recente, que apontava que muitos brasileiros acreditavam que mulheres que usavam roupas curtas mereciam ser atacadas, o que é um grande absurdo. O machismo, inclusive, construiu um padrão absurdo do que é ser homem: Tem que ter o cabelo curto, gostar de futebol, ter a voz grossa, não demonstrar nenhum tipo de sentimento, e acima de tudo, ser o cabeça da família. É muita pressão! Quando criamos um padrão comportamental, automaticamente, excluímos alguém. Precisamos entender que ninguém é menos ‘homem’ por ter um cabelo grande ou não seguir nenhuma dessas coisas que acabei de citar, ser homem vai além de comportamento e de trejeitos. 
“O machismo construiu um padrão absurdo do que é ser homem. Precisamos entender que ninguém é menos ‘homem’ por ter um cabelo grande ou não seguir nenhuma dessas coisas que acabei de citar, ser homem vai além de comportamento e de trejeitos.”


Sabrinah Giampá – Como você cuida do seu cabelo? Como aprendeu? Acha que faltam informações para os crespos? Acha que os homens deixam de cuidar dos crespos por causa do machismo, que não admite a vaidade masculina? 
Joeb Andrade – Acompanho Blogues e vlogues, o que ajuda bastante nos meus cuidados com os cabelos. No começo era extremamente difícil, porque ele estava naquela fase de crescimento, e não havia nenhuma referência de cortes masculinos, muito menos de cuidados.  Foi aí que percebi que teria que aprender com as meninas, até porque cabelo não tem gênero, e os cuidados são os mesmos. E foi o que eu fiz. Comecei a tirar minhas dúvidas através de comentários nos vídeos e postagens.  Percebi que a maioria das pessoas que se manifestavam eram meninas, porém, depois percebi que não era o único homem crespo querendo se informar sobre como cuidar do cabelo. Muitos meninos me adicionaram nas redes sociais, pedindo dicas. Eles evitavam se manifestar com medo das reações machistas. Como falei, cabelo não tem gênero, de repente posso raspar o meu cabelo e ele ir parar em uma das perucas da Beyoncé, e ninguém irá dizer:  ”Beyoncé está com um cabelo que veio de um garoto”. Me incomodo quando leio nesses frascos de creme ”Para você MULHER que ama cuidar de seus cachos.” Sei que grande parte das pessoas que procuram cuidados estéticos são mulheres, mas não vamos excluir o público masculino. E nada melhor que uma linha de cosméticos para quebrar esse machismo.  
“Como falei, cabelo não tem gênero, de repente posso raspar o meu cabelo e ele ir parar em uma das perucas da Beyoncé, e ninguém irá dizer:  ”Beyoncé está com um cabelo que veio de um garoto”. “
Sabrinah Giampá – Como era a sua relação com seu cabelo na infância?
Joeb Andrade – Eu, como todos os meninos negros, tínhamos o cabelo cortado à maquina, bem baixinho, não que minha mãe não gostasse, mas  ela aprendeu com o sistema, que para ser aceito, tinha que ser assim. E no mais, aprendeu também que o crespo é feio, que dá trabalho, que não exalta a beleza, e que não é coisa de menino ter cabelo grande assim, ainda mais se o cabelo for ‘ruim’. Acredito que ela tinha medo de ser vista como uma mãe relaxada, que não cuida do próprio filho, enquanto a mãe de um menino de cabelo liso, quando questionada porque não corta o cabelo do filho, simplesmente responde que é ‘bom’ demais para cortar.
Sabrinah Giampá – E pra você, existe ‘cabelo ruim’?
Joeb Andrade – É triste saber que essa realidade existe ainda hoje, que as pessoas ainda têm essa concepção de ‘cabelo bom’ e ‘cabelo ruim’. Penso que isso não existe, e o importante é ter um cabelo limpo e cheiroso.  As crianças são grandes vítimas desse sistema, e logo quando algum coleguinha aparece com um cabelo maior, é bastante zoado: ”Sua mãe não tem dinheiro pra cortar seu cabelo?” Isso aconteceu comigo, uma única vez, e me lembro que já no dia seguinte, apareci com o cabelo bem cortadinho. Todos nós, crespos e negros, já fomos vítimas do preconceito um dia. Infelizmente. 
Joeb , que hoje assume seus cachos, já sofreu
preconceito na infância
“As crianças são grandes vítimas desse sistema: ”Sua mãe não tem dinheiro pra cortar seu cabelo?” Isso aconteceu comigo, uma única vez, e me lembro que já no dia seguinte, apareci com o cabelo bem cortadinho. Todos nós, crespos e negros, já fomos vítimas do preconceito um dia. Infelizmente.”
Sabrinah Giampá – Acredita que assumir o cabelo crespo também atrapalha na hora de conseguir um emprego?
Joeb Andrade – O caminho profissional que eu escolhi nunca me cobrou um padrão a ser seguido,logo, nunca encontrei nenhum problema, pelo contrário, as pessoas gostam e incentivam, outras até pedem dicas. Penso que se eu fosse de uma área administrativa, iria sentir isso na pele como muita gente sente. O cabelo não define a nossa capacidade profissional, e se uma empresa me pedisse para cortar o meu cabelo, ela estaria me pedindo para que eu me desfizesse do que eu realmente sou, e nesse caso, eu seria o menos interessado em trabalhar lá. 
“Evitar o preconceito é como segurar a respiração, uma hora você vai ter que respirar, e irão te criticar de qualquer forma. Não vamos nos basear no que os outros pensam, mas no que pensamos sobre nós. Nosso cabelo e nossa pele não definem o nosso caráter . A verdadeira aceitação é aquela que é completa, não se trata de um modismo, vai além da estética. “




Sabrinah Giampá – Qual a mensagem que deixaria para outros homens que gostariam de assumir o cabelo natural mas se sentem pressionados pela sociedade machista e racista?
Joeb Andrade – Sejam vocês! Evitar o preconceito é como segurar a respiração, uma hora você vai ter que respirar, e irão te criticar de qualquer forma. Não vamos nos basear no que os outros pensam, mas no que pensamos sobre nós. Nosso cabelo e nossa pele não definem o nosso caráter .Algumas pessoas costumam enfatizar que um cabelo cacheado bonito é aquele que está definido e sem frizz, e sem querer entramos em outro padrão. Para essas pessoas, eu digo: Aceite seu frizz. Não é um defeito, é uma característica. Mas penso que não adianta aceitar  a estética dele, se não aceita toda história que existe por trás.  A verdadeira aceitação é aquela que é completa, não se trata de um modismo, vai além da estética. 
Gostou da entrevista? Quer ler outras? Acesse aqui!
Tem uma história de superação para compartilhar? Escreva para cachosefatosoficial@gmail.com

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Comentários no Facebook