Jay Rodrigues é baiana de Matina, uma cidade que faz divisa com Minas Gerais e fica perto de Vitória da Conquista. Atualmente, se divide entre o estudo de enfermagem e a sua grande paixão, que é a maquiagem. “Por enquanto eu sou só amadora, mas pretendo me profissionalizar”. E mesmo com duas atividades, ela ainda encontra tempo para cuidar de seus cachos loiros impecáveis e atuar em dois blogs: Uma garota brasileira, da amiga Letícia Moraes e o Tempo de Beleza, que criou com outras duas amigas. 
Com apenas 23 anos, ela não se deixa abater com a opinião alheia em relação aos seus cabelos naturais. Após passar por uma transformação tida como radical por seus familiares, onde descoloriu e cortou acima dos ombros seus longos cabelos negros, Jay não hesitou em assumir seus cachos quando os redescobriu. Em um determinado momento de sua vida, ela teve que escolher entre ser loira e o relaxamento, e para sua sorte, a primeira opção teve mais peso em sua escolha. A princípio, acabou virando escrava do secador e da chapinha, mas foi rendida pelo cansaço, que lhe possibilitou essa nova descoberta, e porque não, experiência.
Redescobrir o cabelo natural não é uma questão de estilo, como ela própria afirma, é bem mais do que isso. Redescobrir o cabelo natural é resgatar a identidade perdida, é se reencontrar, e principalmente, se amar acima de tudo e de todos. Redescobrir o cabelo natural é se libertar. Redescobrir o cabelo natural é ser feliz sem agradar aos outros. Essa é a Jay Rodrigues, e essa é a história do seu cabelo, ou seria a sua própria história? Interprete como quiser…
Jay na época em  que usava os cabelos relaxados:
fios longos, negros e com franja
“Minha história não se difere da maioria das meninas que assumiram os cachos. Quando criança, sempre prendia o cabelo por conta do volume, achava feio. Até que um dia, pedi a minha mãe, que era cabeleireira, para relaxar meu cabelo, na época deveria ter uns 9 anos. Fiquei assim até os 18.”





Sabrinah Giampá- Seu cabelo natural é lindo,você sempre usou ele assim?
Jay Rodrigues – Não. Minha história não se difere da maioria das meninas que assumiram os cachos. Quando criança, sempre prendia o cabelo por conta do volume, achava feio. Até que um dia, pedi a minha mãe, que era cabeleireira, para relaxar meu cabelo, na época deveria ter uns 9 anos. 
Sabrinah Giampá- E esse processo durou por quanto tempo?
Jay Rodrigues – Relaxei meu cabelo até os 18 anos, foi quando decidi parar e cortar a parte com química. Fiz isso porque queria clarear os fios, e o relaxamento não era compatível com a coloração. Na verdade, minha intenção inicial não era a de assumir o cabelo cacheado, mas quando eu vi meu cabelo enrolar, me apaixonei por ele e não tive mais coragem de alisar novamente.
Entre ser loira e relaxar o cabelo, Jay escolheu a primeira opção.
Seus cachinhos agradecem até hoje!
“Parei de relaxar e cortei porque queria clarear os fios, e o relaxamento não era compatível com a coloração. Na verdade, minha intenção inicial não era a de assumir o cabelo cacheado, mas quando eu vi meu cabelo enrolar, me apaixonei por ele e não tive mais coragem de alisar novamente.”


Sabrinah Giampá- E como é a sua relação com seu cabelo hoje?

Jay Rodrigues – Com certeza, hoje, minha relação com meu cabelo é de amor. De todas as coisas que eu já fiz na vida, sem dúvidas, assumir meu cabelo foi uma das melhores. Eu não assumi apenas um cabelo cacheado, eu me desprendi de todos os preconceitos, principalmente os preconceitos que eu tinha sobre mim mesma, e que foram se enraizando na pessoa que eu me tornei. E isso é o mais difícil de tudo, quebrar os nossos próprios paradigmas, aprender a nos ver sem rótulos, gostar do que vemos, valorizar as coisas boas que temos. Eu costumava dizer que não me importava com o que os outros pensavam, isso com certeza foi fácil de superar, mas superar as criticas que eu tinha e tenho sobre mim mesma, isso sim, foi e é o mais difícil. Hoje a única palavra que consegue definir o que me tornei se chama liberdade. Me sinto leve, nem sempre bonita, mas me sinto bem, e  com certeza, mais forte. Engraçado como uma mudança aparentemente simples e sem valor, como mudar o cabelo, pode nos mudar tanto. E isso eu percebo em todas as meninas que passaram pela transição. Tudo muda, o jeito com que elas falam e olham, é pura autoaceitação, e é maravilhoso ver isso. Agora eu posso dizer que amo meu cabelo, é como se eu tivesse me libertado mesmo, me sinto livre. Posso até dizer que fiquei mais confiante, mais segura de mim mesma. E por isso eu super apoio as meninas que também resolveram deixar de lado a química, afinal, o cabelo crespo/cacheado é lindo!
“De todas as coisas que eu já fiz na vida, sem dúvidas, assumir meu cabelo foi uma das melhores. Eu não assumi apenas um cabelo cacheado, eu me desprendi de todos os preconceitos, principalmente os que eu tinha sobre mim mesma, e isso é o mais difícil, quebrar os nossos próprios paradigmas, aprender a nos ver sem rótulos, gostar do que vemos, valorizar as coisas boas que temos.”

Sabrinah Giampá – Você disse que uma mudança aparentemente simples, como mudar o cabelo, teve um impacto enorme em sua vida, e afetou, inclusive sua relação consigo mesma. Fale mais sobre essas mudanças internas que aconteceram em decorrência de uma mudança externa, que foi quando redescobriu sua identidade, que havia sido mutilada pelo relaxamento.

Jay Rodrigues – Passar por um processo de transição como esse, dificilmente mexe apenas com o externo, principalmente para nós mulheres, que temos uma relação forte com nossos cabelos. Acredito que, na verdade, essa mudança começa internamente. Mudam-se primeiro muitas coisas que pensamos e acreditamos, para aí então passarmos pela transição e resgatar nosso cabelo natural. Se não for assim, com certeza a pessoa não conseguirá passar pela transição, ainda mais se o motivo for apenas externo, ou seja, aquela questão de mudar apenas o ‘estilo’, sabe? A transição mexe muito com a autoestima feminina, é um estágio muito delicado, e se a pessoa não receber apoio e motivação, é ainda mais difícil, por isso, sempre que posso, procuro incentivar as meninas que acabo conhecendo, e que estão passando por esse processo. Sempre digo que não é fácil no inicio, mas que no fim TUDO vale apena. É como o conto da fênix, que renasce das cinzas. E essa mudança é ainda mais dura para quem decide passar pelo big chop, mas ao mesmo tempo, é a mais libertadora.
“Eu costumava dizer que não me importava com o que os outros pensavam, isso com certeza foi fácil de superar, mas superar as criticas que eu tinha e tenho sobre mim mesma, isso sim, foi e é o mais difícil”.

Sabrinah Giampá – Como você percebeu a reação das pessoas quando voltou ao cabelo natural ? Sentiu algum tipo de preconceito?
Jay Rodrigues – Acredito que praticamente todas as pessoas que passaram pela transição sofreram algum tipo de preconceito, mas comigo não foi nada muito ‘declarado’, se é assim que posso dizer. Sempre notei e noto até hoje alguns olhares de escárnio, risos. Também sou obrigada a engolir perguntas do tipo: por que você não relaxa seu cabelo?
“Hoje a única palavra que consegue definir o que me tornei se chama liberdade. Me sinto leve, nem sempre bonita, mas me sinto bem, e  com certeza, mais forte. Engraçado como uma mudança aparentemente simples e sem valor, como mudar o cabelo, pode nos mudar tanto.”

Sabrinah Giampá – E como você lida com isso tudo?
Jay Rodrigues – Eu, simplesmente, não me importo, sigo em frente, e não me abalo com essas opiniões. Eu gosto do que me tornei hoje, e é isso o que importa. Creio que a maior surpresa para as pessoas foi com o fato de eu ter o cabelo preto e longo e de uma hora pra outra aparecer loira e com o corte chanel. Mas sempre tem um que diz “não acho que negra fica bem de cabelo loiro. Você deveria escurecer”, mas como eu disse, não me importo com as críticas, já pensou se formos dar ouvidos a todas as criticas ruins que recebemos? Acho que consigo levar bem essa questão de preconceito. Sempre tem aquelas ocasiões onde  você percebe que seu cabelo e/ou você não é bem aceito, mas eu tento abstrair, até porque se não for o cabelo, será a etnia, a condição financeira e social, se você é gordo, se é magro demais, se é baixo, se é alto, se é isso ou aquilo. O fato é que sempre irá nos faltar algo pra sermos considerados “perfeitos” em nossa sociedade. Infelizmente, criticar e ofender parece ser mais fácil para algumas pessoas do aceitar as diferenças. Eu cheguei num estágio da vida que entrei em um modo ‘Fuck you’ de viver. Não gosta do meu cabelo? Da minha pele? Da minha condição social? Fazer o que, né? Como eu costumo dizer: O que eu quero dessa vida é ser feliz, e o resto a gente deixa passar, que a vida dá um jeito!
“E isso eu percebo em todas as meninas que passaram pela transição. Tudo muda, o jeito com que elas falam e olham, é pura autoaceitação, e é maravilhoso ver isso. Hoje eu posso dizer que amo meu cabelo, é como se eu tivesse me libertado mesmo, me sinto livre. Posso até dizer que fiquei mais confiante, mais segura de mim mesma. E por isso eu super apoio as meninas que também resolveram deixar de lado a química, afinal, o cabelo crespo/cacheado é lindo!”
Sabrinah Giampá- Você chegou a passar pelo big chop ? Como foi a sua transição? Geralmente é uma fase bem difícil, não? Comente sobre isso. 
Jay Rodrigues – Eu não cheguei a fazer o BC, mas minha transição foi bem tranquila.  Logo que decidi clarear, eu fiquei cerca de um ano e alguns meses sem relaxar, para em seguida começar a clarear. Foi quando eu fiz o corte chanel de bico com a nuca batida. Com o cabelo curto, não era a minha intenção deixá-lo natural, e por isso eu escovava e chapava bastante. Para disfarçar as pontas lisas, usei muito babyliss. Eu gostava muito do efeito, principalmente quando ia sair.
“Passar por um processo de transição como esse, dificilmente mexe apenas com o externo, principalmente para nós mulheres, que temos uma relação forte com nossos cabelos. Acredito que, na verdade, essa mudança começa internamente. “

Sabrinah Giampá – Mas devia ser muito trabalhoso. Quanto tempo aguentou essa rotina?
Jay Rodrigues – Fiquei fazendo isso por um bom tempo, depois fui me cansando de chapar diariamente e comecei a deixá-lo natural, até mesmo porque meu cabelo já estava ficando muito danificado. Foi nessa época que comecei a gostar dos meus cachos.  O cabelo já estava todo natural, mas é claro que eu ainda não o deixava definido e volumoso. Mas com o tempo fui aprendendo a cuidar e estilizar melhor.
“Mudam-se primeiro muitas coisas que pensamos e acreditamos, para aí então passarmos pela transição e resgatar nosso cabelo natural. Se não for assim, com certeza a pessoa não conseguirá passar pela transição, ainda mais se o motivo for apenas externo, ou seja, aquela questão de mudar apenas o ‘estilo’, sabe? “


Sabrinah Giampá – Como você lidava com o volume antes?
Jay Rodrigues – Eu deixava meu cabelo sempre preso e emplastava de creme. Ficava aquela coisa colada na cabeça, ficava horrível! E mesmo depois que comecei a relaxar, com o cabelo praticamente liso, eu não costumava soltar muito. Ele começou a ficar com aquele efeito esticado só depois de um tempo, principalmente quando passei pela transição. Mas a minha rotina era sempre escova e chapinha. Sair pra algum lugar sem estar com o cabelo escovado era o fim pra mim. Sem dúvida alguma, o que me fez deixar o cabelo sem química de alisamento, foi a coloração, porque ou eu parava de relaxar ou não tinha como eu clarear como gostaria, mas no fim o resultado foi positivo e acabei gostando dos cachos.
“A transição é um estágio muito delicado. Se a pessoa não tiver apoio, é ainda mais difícil. Sempre digo que não é fácil no inicio, mas que no fim, TUDO vale apena. É como o conto da fênix, que renasce das cinzas. E essa mudança é ainda mais dura para quem decide passar pelo big chop, mas ao mesmo tempo, é a mais libertadora.”



Sabrinah Giampá – Como era a sua relação com o cabelo na infância?

Jay Rodrigues – Eu não gostava do meu cabelo, achava feio, até mesmo porque as referências que tinha de cabelo bonito não eram de um cabelo cacheado/crespo. Cabelo bonito era cabelo liso, e de preferencia longo, e eu não tinha cabelo liso. Hoje em dia, além dos comentários ruins,eu recebo muitos elogios em relação a meu cabelo natural.
“Sempre tem um que diz “não acho que negra fica bem de cabelo loiro. Você deveria escurecer”, mas como eu disse, não me importo com as críticas, já pensou se formos dar ouvidos a todas as criticas ruins que recebemos?” 


Sabrinah Giampá- Então você também acredita que existe uma ditadura do cabelo longo e liso. Na sua opinião, qual o papel da mídia nisso tudo?  Acredita que tenha alguma relação com preconceito étnico?

Jay Rodrigues – Com certeza, está tudo relacionado. Ainda existe e impera a questão do cabelo liso e longo, principalmente nas mídias em geral. O retrato da beleza é um estereótipo vendido para nós e que não se enquadra nos padrões da maioria, gerando essa busca sem limites pelo liso ‘perfeito’.  As referências de cabelos crespos/cacheados são poucas, mesmo que atualmente tenha aumentado o número de meninas assumindo seus cabelos naturais. Para mim, o exemplo deve vir de casa.  E isso fica mais visível, quando nos deparamos com o que algumas mães fazem com suas filhas. Vem se tornando cada vez mais comum, mães levarem suas filhas pequenas para alisar o cabelo, e na maioria das vezes, a pessoa que faz esse procedimento não é profissional, e nem a mãe e nem o ‘profissional’ em questão tem conhecimento do produto, da sua composição e do mal que ele pode fazer à criança. E aí, a criança vai crescendo assim, com essa visão de que ‘cabelo bom’ é cabelo alisado.  Isso me tira do sério. Mas, é como dizem, o exemplo arrasta, e os filhos são os reflexos das ações dos pais.
Para ficar loira, Jay abandonou o relaxamento,
mas virou escrava do secador e da chapinha
“A minha rotina era sempre escova e chapinha. Sair pra algum lugar sem estar com o cabelo escovado era o fim para mim. Sem duvida alguma, o que me fez deixar o cabelo sem química de alisamento, foi a coloração, porque ou eu parava de relaxar ou não tinha como eu clarear como gostaria, mas no fim o resultado foi positivo e acabei gostando dos cachos.”


Sabrinah Giampá – Como foi a reação de sua família quando decidiu voltar ao natural?
Jay Rodrigues – Quanto à minha família, as opiniões ficaram divididas. Uns gostaram, outros não.  Mas, com certeza, todos são unanimes em uma questão: eles me acham doida por ter cortado meu cabelo que era longo e deixá-lo curtinho. Porém, eu respeitos as opiniões e não me sinto mal em nada. Eu nunca fui de me importar com críticas, agora então, menos ainda. Meus pais nunca foram contra ou a favor de nada que tenha feito no cabelo. Mas também não era incentivada nessa questão de amar meu cabelo do jeito que ele é, porque ele é lindo assim.  Acho isso muito importante, porque o maior incentivo vem de casa.

“Eu não gostava do meu cabelo, achava feio, até mesmo porque as referências que tinha de cabelo bonito não eram de um cabelo cacheado/crespo. Cabelo bonito era cabelo liso, e de preferencia longo, e eu não tinha cabelo liso. Hoje em dia, além dos comentários ruins, eu recebo muitos elogios em relação a meu cabelo natural.”

Sabrinah Giampá – Você é solteira, mas se por um acaso estivesse namorando e seu namorado se mostrasse contra a sua decisão de assumir seus cabelos naturais, como agiria?


Jay Rodrigues – Mesmo se eu tivesse um namorado e a opinião dele fosse contrária a minha decisão de assumir meu cabelo natural, eu poderia até entender, mas não mudaria em nada minha decisão.

Antes de assumir o cabelo natural,
cacho para Jay era só com babyliss
“O retrato da beleza é um estereótipo vendido para nós e que não se enquadra nos padrões da maioria, gerando essa busca sem limites pelo liso ‘perfeito’.  As referências de cabelos crespos/cacheados são poucas. Para mim, o exemplo deve vir de casa.  E isso fica mais visível, quando nos deparamos com o que algumas mães fazem com suas filhas.” 





Sabrinah Giampá – Como você estiliza seu cabelo? É adepta das rotinas low poo/no poo, conhece? Que produtos usa? 

Os produtos favoritos da Jay

Jay Rodrigues – Bom, eu não tinha o menor cuidado com o meu cabelo, e ele estava ficando muito danificado, o que me obrigou a tratá-lo melhor. Comecei a conhecer sua textura e descobrir quais eram as suas reais necessidades.  Duas técnicas que aprendi e não abro mão é o cronograma capilar e a técnica de Low Poo.  Meu cabelo definitivamente é outro depois dessas técnicas. Por isso tenho muitos produtos, e todos são produtos de farmácia, pois quando decidi recuperar meu cabelo, optei por artigos fáceis de se encontrar, baratos, e receitas caseiras, que adoro. As pessoas, geralmente, acreditam que só produtos caros dão resultados, quando na verdade nem sempre é  isso o que ocorre. Até o momento, estou adorando os resultados. Os produtos que mais uso são os da Pantene, Kanechon, Bioextratos e L´oreal. Os que eu mais gosto e recomendo são os da Amend e da Surya. Para fazer a fitagem, os meus três favoritos  são o Yamasterol, o creme de pentear da Kanechon- manteiga de Karité, e o creme de pentear da Pantene  cachos definidos (meu favorito do momento).
Jay experimentando novos penteados
“Meus pais nunca foram contra ou a favor de nada que tenha feito no cabelo. Mas também não era incentivada nessa questão de amar meu cabelo do jeito que ele é, porque ele é lindo assim.  Acho isso muito importante porque o maior incentivo vem de casa.”


Sabrinah Giampá –  Quanto tempo leva para estilizar seu cabelo? Acha que dá trabalho? Como aprendeu a cuidar do seu cabelo natural ?  
Jay Rodrigues – Eu costumo demorar um tempo considerável para estilizá-lo, pois faço uma fitagem minuciosa, e essa técnica leva um tempinho. Mas eu penso da seguinte forma, perder um pouco de tempo hoje na finalização de seu cabelo crespo/cacheado vai lhe economizar tempo amanhã, ou seja, se você finalizá-lo corretamente, vai conseguir um bom day after (dia seguinte). Eu, por exemplo, só penteio meu cabelo no dia em que lavo. Isso acontece três vezes na semana, até porque eu não tenho tempo pra finalizar e pentear meu cabelo todos os dias. Então, fazendo tudo direitinho, eu só faço o clássico coque abacaxi, e no dia seguinte não faço mais nada, apenas solto o cabelo e bagunço. Day after com certeza não é problema para mim. Fazendo isso eu posso ficar de dois a três dias sem fazer nada no cabelo, só definindo algum cacho que bagunçar com água e o dedo.
“Eu costumo demorar um tempo considerável para estilizá-lo, pois faço uma fitagem minuciosa, e essa técnica leva um tempinho. Mas eu penso da seguinte forma, perder um pouco de tempo hoje na finalização de seu cabelo crespo/cacheado vai lhe economizar tempo amanhã, ou seja, se você finalizá-lo corretamente, vai conseguir um bom day after (dia seguinte).”



Sabrinah Giampá –  Costuma fazer algum penteado?  É adepta dos penteados étnicos?
Jay Rodrigues – Olha, eu adoro penteados, principalmente no cabelo cacheado. Gosto desde coques simples a penteados mais elaborados. Mas sendo sincera, ultimamente só tenho usado o cabelo solto. Meus cachinhos ficam tão bem definidos no meu day after que eu acabo ficando com dó de prender o cabelo.
“Livre-se de seus próprios preconceitos, porque se você se aceitar do jeito que você é, sem cobrança de perfeição, o que os outros pensam e dizem serão apenas críticas. É você quem decide se palavras ruins, olhares tortos e sorrisos irão te derrubar ou te darão forças pra seguir em frente.Viva para ser feliz e não para agradar aos outros.”


Sabrinah Giampá –  Qual o recado que você deixaria para outras meninas que tem uma história parecida com a sua, mas que não conseguem se aceitar devido ao preconceito social?
Jay Rodrigues – Livre-se de seus próprios preconceitos, porque se você se aceitar do jeito que você é, sem cobrança de perfeição, o que os outros pensam e dizem serão apenas críticas.É você quem decide se palavras ruins, olhares tortos e sorrisos irão te derrubar ou te darão forças pra seguir em frente. E com certeza não é fácil passar pela transição, mas tenha foco, força e persistência, que você chegará aonde quiser, e isso não se limita apenas a assumir os cabelos cacheados, é para tudo na vida. Viva para ser feliz e não para agradar os outros.
  1. ANA PATRICIA DE OLIVEIRA SARAIVA says:

    Amei a entrevista, palavras sinceras que dar forças para superarmos as criticas do dia dia a dia.

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