Parabenos são largamente utilizados em produtos para cabelos há vários anos. Eles atuam como conservantes e são usados para eliminar o surgimento de micro-organismos e fungos em xampus e variados tipos de cremes. Também podem ser encontrados em hidratantes corporais, cremes de barbear, lubrificantes, entre outras.
Quimicamente, os parabenos são ésteres do ácido 4-hidroxibenzoico com álcoois de cadeia curta. Eles têm um ótimo custo benefício para a indústria farmacêutica porque são baratos e eficazes como conservante. Entretanto, algumas pesquisas mostraram que eles podem ser tóxicos para as células humanas porque foram encontrados em algumas amostras de câncer de mama, embora em concentrações extremamente baixas, e por isso ainda não conseguiram comprovar a ligação dos parabenos com a doença. Pesquisadores também descobriram que os parabenos podem atuar como imitadores de estrogênio e desreguladores endócrinos, mas outros afirmam que eles são tão fracos e usados em pequenas concentrações, o que não deveria causar  nenhuma preocupação.

De acordo com Gustavo Boaventura, farmacêutico e editor do Cosmética em Foco, não existe comprovação científica de que os parabenos possam causar câncer. ” O que aconteceu, foi que em 2008, encontraram a presença de parabenos em um tecido com câncer de mama, entretanto, também haviam outros ingredientes. Mas isso foi suficiente para que surgissem os rumores”.

Gustavo Boaventura, farmacêutico e
editor do Cosmética em Foco

Boaventura explica que os parabenos são usados há mais de 50 anos pela indústria farmacêutica, e se fizessem tanto mal quando dizem, já era pra isso ter sido identificado há pelo menos 20 anos, devido ao aparecimento de consequências mais graves, mas isto não aconteceu. “De qualquer forma, os parabenos que foram encontrados no tecido com câncer, e que estiveram em questão, foram apenas os de cadeia longa e ramificada, mas esses já não são mais usados pela indústria desde o ocorrido. Assim, são usados atualmente apenas o metilparabeno, etilparabeno, propilparabeno e butilparabeno.Os outros não estão mais em uso”, destaca.

O farmacêutico afirma que a substituição de um conservante por outro requer uma bateria de testes para comprovar se há garantia do mesmo resultado eficaz contra os micro-organismos, e principalmente, em relação à segurança para o uso em humanos. “Existem, sim, alternativas, mas as incompatibilidades são muitas”.
A ineficácia de alternativas naturais, como o extrato de semente de toranja, usado individualmente, também explica porque os parabenos são tão comuns. Alguns deles são encontrados naturalmente em fontes vegetais, como o metilparabeno, por exemplo, que é encontrado em amoras, onde também atua como agente antimicrobiano. Os parabenos são considerados um dos conservantes menos alergênicos atualmente em uso.

Efeitos dos parabenos no cabelo

Parabenos são moléculas solúveis em água , por isso são facilmente lavados e não causam nenhum acúmulo nos fios, mesmo para quem segue a rotina low poo e no poo.  Eles também possuem peso molecular suficientemente elevado para evitar a evaporação e, consequentemente, o ressecamento do cabelo e frizz.
Eles são usados ​​em quantidades minúsculas nas formulações de cosméticos, e seu objetivo é justamente manter a segurança do cosmético, e deixá-lo livre de micro-organismos que possam se desenvolver ali ao longo do tempo.

De acordo com uma matéria publicada no Naturally Curly, os parabenos são ingredientes relativamente ‘invisíveis’, quando se trata da aparência e da saúde da própria madeixas. Independentemente disso, muitos consumidores estão optando evitar produtos que contenham esses ingredientes, porque não querem arriscar ter problemas de saúde que são associados a eles.   Estes clientes estão buscando cosméticos com conservantes alternativos. Como a indústria está diretamente voltada ao consumidor, nos EUA já é possível ver uma gama de empresas respondendo a esta demanda. As vitrines estão repletas de produtos marcados com o selo: Livre de Parabenos.  Assim, os consumidores têm muitas opções disponíveis, e para eles ,  experimentar coisas novas, além de proporcionar experiências diferenciadas, torna-se também uma espécie de divertimento.

O farmacêutico do Cosmética em Foco explica que também existem produtos nacionais  sem parabenos. Alguns até com apelo de rotulagem. “Mas, particularmente, sou contra esse tipo de recurso. Não acho que um produto deva ser comercializado pelo que ele não contém, mas pelo que ele contém, ou seja, o que de bom ele tem a oferecer. Se contém ou não parabeno, é uma simples questão de virar o frasco e ler os ingredientes”.

Particularmente, eu estou numa fase mais natural e orgânica, e por isso, tenho optado por produtos que não possuem essas substâncias. Mas conforme o especialista me esclareceu, a presença de parabenos nos cosméticos não interferem nas rotinas low poo e no poo, que ele inclusive apoia. “Não só apoio, como realizo o low poo há anos. (Ele também tem cabelos cacheados). Com várias adaptações e sem perder resultado. A minha lista de ingredientes proibidos é infinitamente menor e a minha rotina é diferente. Em breve teremos um post sobre essa rotina no  Cosmética em Foco, aguardem!”

Fonte: Wikipedia

  1. Oi, Sabrinah! Tudo bem? Meu comentário não tem a ver com o post, mas preciso contar um episódio que aconteceu comigo há pouco. Comentei com minha mãe que tenho que cortar as pontas do cabelo da minha filha pequena (que também é cacheado) e ela me respondeu assim: “Não vai, não! Você tem o cabelo enrolado. Tem que mandar alguém que tem o cabelo liso cortar, pro cabelo dela alisar.”
    Menina de Deus! Não sei se fiquei mais fula com a superstição ridícula ou com o preconceito.

    Haha! Desculpe o desabafo 😛

    Beijos :*

  2. Mayara, o que me deixa mais impressionada é que o preconceito geralmente começa em casa e vai passando de geração para geração. Fico feliz que você enxergue isso e não reproduza essa cultura para sua filha. Posso colocar essa história no espaço do leitor? bjks

  3. Isso é bem verdade. Em casa sempre ouvi que cabelo crespo era “ruim” e que bonito era ter cabelo liso, tanto é que passei mais de 15 anos alisando o picumã. Demorei pra enxergar, mas finalmente me libertei do preconceito! 🙂
    Ah, pode colocar no espaço do leitor, sim! 🙂

    Beijos :*

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